ATA DA VIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 07-4-2008.
Aos sete dias do mês de
abril do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi
realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Carlos Todeschini, Dr. Raul,
Elias Vidal, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mauro Zacher, Neuza
Canabarro e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr.
Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz,
Marcelo Danéris, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Nereu
D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA,
foram encaminhados: pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, juntamente com o
Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei do Legislativo nº 248/07 (Processo
nº 7928/07); pelo Vereador Ervino Besson, os Projetos de Lei do Legislativo nos
049 e 054/08 (Processos nos 1911 e 2022/08, respectivamente); pelo
Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 064/08 (Processo
nº 2121/08); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 040/08 (Processo nº 1683/08); pela Vereadora Maria Luiza, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 058, 059 e 060/08 (Processos nos 2047,
2048 e 2049/08); pelo Vereador Newton Braga Rosa, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 052/08 (Processo nº 1999/08). Também, foi apregoado o Ofício nº
247/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de
Lei do Executivo nº 020/08 (Processo nº 2228/08). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 237488, 238307, 260219 e 272345/08, do Fundo Nacional de
Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum
deliberativo, foram aprovadas as Atas da Décima Sétima, Décima Oitava, Décima
Nona e Vigésima Sessões Ordinárias e da Quarta Sessão Extraordinária. A seguir,
foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo Senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: de nº
010/08, de autoria do Vereador Adeli Sell, no décimo quinto Encontro Nacional
das Empresas de Asseio e Conservação – ENEAC –, que ocorrerá nos dias nove a
treze de abril do corrente, em Florianópolis – SC –; de nº 012/08, de autoria
do Vereador Carlos Comassetto, no dia de amanhã, no evento “Inovação para
Competitividade no Mundo Plano”, às treze horas e trinta minutos, no Parque
Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – TECNOPUC
–, em Porto Alegre; de nº 013/08, de autoria do Vereador Carlos Comassetto, com
referência ao dia de hoje, na solenidade de posse do Conselho Municipal dos
Direitos das Pessoas com Deficiência de Porto Alegre, às quatorze horas e
trinta minutos, no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, em Porto Alegre. Em
continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao
Senhor Cristiano Vieira Heerdt, Presidente da Associação dos Defensores
Públicos do Estado do Rio Grande do Sul, que, salientando a importância do
serviço prestado por essa categoria profissional para a população gaúcha,
discorreu acerca de problemas enfrentados pelos Defensores Públicos do Estado
desde a instituição de sua autonomia em relação ao Poder Judiciário no ano de
dois mil e quatro. Nesse sentido, apontou dificuldades impostas pelo contingenciamento
de recursos do orçamento da Defensoria Pública do Estado e apresentou projetos
desenvolvidos com o objetivo de garantir, por meio de ações coletivas,
benefícios a toda a população rio-grandense. Após, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os Vereadores Mauro Zacher, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Luiz
Braz, José Ismael Heinen, Dr. Raul e Dr. Goulart e a Vereadora Maristela Maffei
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às
quatorze horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e dois minutos, constatada
a existência de quórum. Em prosseguimento, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador
Almerindo Filho, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão, sendo iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear a
campanha “2008 – Ano da Bíblia”, nos termos do Requerimento nº 002/08 (Processo
nº 0319/08), de autoria do Vereador Almerindo Filho. Compuseram a Mesa: o
Vereador Claudio Sebenelo, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, presidindo os trabalhos, e o Pastor Acyr de Gerone Júnior,
representando a Sociedade Bíblica do Brasil. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Almerindo Filho historiou a criação e a evolução da Sociedade Bíblica do
Brasil, frisando o trabalho realizado por essa entidade na tradução, produção e
distribuição da Bíblia no País. Nesse contexto, chamou a atenção para a
participação popular e o apoio recebido de órgãos públicos pela campanha “2008
– Ano da Bíblia”, enaltecendo o papel desse evento na construção de mecanismos
que promovem a cultura da paz na sociedade. A seguir, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Pastor Acyr de Gerone Júnior, que, em nome da Sociedade
Bíblica do Brasil, agradeceu a homenagem prestada pela Câmara Municipal de
Porto Alegre. Às quatorze horas e cinqüenta e seis minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e sete
minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, o Senhor
Presidente registrou o recebimento, pela Casa, de exemplar da Bíblia Sagrada,
entregue pelo Pastor Acyr de Gerone Júnior. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli
Sell cobrou do Governo Municipal medidas em relação ao estancamento de água da
chuva e esgotos na Cidade, asseverando que esse problema favorece a
proliferação do mosquito da dengue. Além disso, cobrou da Secretaria Municipal
do Meio Ambiente melhor conservação e limpeza de praças e parques de Porto
Alegre, considerando que as Praças Marechal Deodoro, Daltro Filho e da Alfândega
e o Parque Farroupilha foram abandonados pela Prefeitura. O Vereador João
Antonio Dib pronunciou-se acerca da gestão do Prefeito Municipal José Fogaça em
relação à situação financeira da Prefeitura de Porto Alegre, sublinhando que o
atual Governo, ao assumir, teve de saldar dívidas criadas na gestão anterior.
Em relação ao assunto, destacou as dificuldades na recuperação da capacidade de
contração de dívidas da Prefeitura, afirmando que, agora, obras importantes
podem novamente ser realizadas pelo Executivo Municipal. O Vereador Aldacir
Oliboni registrou o transcurso, hoje, do Dia Mundial da Saúde, solidarizando-se
com os profissionais que atuam nessa área e ressaltando a relevância dessas
atividades para a população. Sobre o tema, defendeu maior valorização para a
saúde pública, apontando problemas gerados pela falta de priorização dessas
políticas e exclamando que é necessária a contratação de mais serviços e procedimentos
para que os porto-alegrenses sejam atendidos de forma satisfatória. Após, o Vereador
Beto Moesch formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando autorização para entregar aos Senhores Vereadores e à Biblioteca da
Casa exemplares do Diagnóstico Ambiental de Porto Alegre, organizado pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino
Besson, em tempo cedido pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, pronunciou-se a
respeito da homenagem realizada na tarde de hoje ao Ano da Bíblia, lembrando a
importância da leitura regular dos ensinamentos contidos nessa obra como
palavra de fé e conforto que pode ajudar as pessoas desiludidas com as
dificuldades da vida a recuperarem sua força de vontade e auto-estima para
enfrentarem os problemas do dia-a-dia. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino
Besson saudou o retorno a este Legislativo dos Vereadores Maurício Dziedricki e
Beto Moesch, destacando o trabalho realizado por Suas Excelências,
respectivamente na Secretaria Municipal de Obras e Viação e na Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e analisando a preocupação do Executivo Municipal
com a conservação de parques e praças da Cidade e com a educação ambiental. Na
ocasião, foi apregoado o Ofício nº 248/08, do Senhor Prefeito Municipal de
Porto Alegre, informando que se ausentará do Município das vinte horas do dia
sete de abril às dezessete horas do dia oito de abril do corrente, quando
participará, como conferencista, da mesa “A Sustentabilidade Econômica e Social
das Metrópoles”, a convite do Governo do Estado de São Paulo. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador Dr. Goulart parabenizou os profissionais da área médica pelo
transcurso, hoje, do Dia Mundial da Saúde. Nesse contexto, considerou
satisfatório o atendimento prestado pelas unidades de saúde localizadas na
Cidade e replicou críticas às políticas públicas do Prefeito José Fogaça nesse
campo, analisando as dificuldades existentes para melhorar esse sistema e propugnando
por mais repasse de verbas dos Governos Federal e Estadual para Porto Alegre.
Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador José Ismael Heinen discorreu sobre problemas
que afetam o País atualmente, mencionando, como pontos críticos, a corrupção, o
desmatamento da Amazônia, a saúde, a educação e a segurança. Nesse sentido,
centrando seu discurso na questão da violência e criminalidade, considerou como
prioritária a adoção de medidas emergenciais na área da segurança, como o
aumento do efetivo policial e o combate à impunidade no Brasil. O Vereador Aldacir
Oliboni teceu considerações acerca da gestão da saúde em Porto Alegre, citando
problemas nessa área, como o aumento dos casos de dengue na Cidade, e examinando
a destinação de recursos do Governo Federal para o Município, que, segundo Sua
Excelência, não têm sido devidamente aplicados. Além disso, indagou a respeito
de atraso no pagamento de gratificação a agentes comunitários de saúde por
parte do Governo Municipal. Em continuidade, foram apregoadas as Emendas de nos
01 e 02, de autoria dos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Vice-Líder do
PMDB, e José Ismael Heinen, Líder do DEM, ao Substitutivo nº 01 do Projeto de
Lei do Legislativo nº 037/06 (Processo nº 0948/06). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a
Vereadora Margarete Moraes referiu-se à visita do Presidente Luiz Inácio Lula
da Silva a Porto Alegre na semana passada, lembrando a destinação de recursos
do Governo Federal para a Cidade e recentes pesquisas nacionais de opinião
pública, que aprovam o Governo Federal. Ainda, abordou problemas existentes no
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, como a proliferação da bactéria
Acinetobacter e a existência de ratos e pombos naquele prédio. O Vereador João
Antonio Dib replicou afirmações feitas hoje pelos Vereadores Adeli Sell e
Aldacir Oliboni, relativamente a obras não-realizadas pelo Prefeito José Fogaça
e aos investimentos do Governo Federal na área da saúde em Porto Alegre.
Também, debateu as dificuldades financeiras herdadas pela atual gestão da
Prefeitura, alegando que os dezesseis anos de governo do Partido dos
Trabalhadores na Cidade geraram pendências que não poderão ser sanadas de uma
hora para outra. O Vereador Claudio Sebenelo comentou situação verificada
junto ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, em face da proliferação da
bactéria Acinetobacter, de alta
resistência a antibióticos. Quanto ao tema, destacou que a infecção hospitalar
é um problema geral, não restrito ao Município, propugnando por medidas
conjuntas, em nível municipal, estadual e federal, para melhoria dos serviços
públicos de saúde a que têm acesso a população. O Vereador Dr. Raul saudou a
implantação, pelo Governo Municipal, da Ouvidoria da Saúde e elogiou a
realização, no dia cinco deste mês, do Baile da Cidade, promovido pela
Secretaria Municipal da Cultura. Ainda, relatou visita ao Lago Guaíba efetuada
no último sábado pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente e discorreu sobre a presença
do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado, na semana passada, para
divulgação de obras do Programa de Aceleração do Crescimento. O Vereador Mauro
Zacher apresentou dados constantes no relatório final da Sindicância instaurada
na Prefeitura Municipal para averiguar denúncias de irregularidades no Programa
Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem.
Sobre o assunto, asseverou que essa Sindicância concluiu pela inexistência de
problemas, não sendo confirmadas as hipóteses levantadas pelo Ministério da
Educação quanto a mau gerenciamento desse Programa no Município. O Vereador
José Ismael Heinen parabenizou o Colégio Militar de Porto Alegre pelos
resultados alcançados no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Ainda, declarou
que a classificação desse estabelecimento de ensino como a melhor escola
pública do Rio Grande do Sul e uma das mais qualificadas do Brasil reflete a
opção por um ensino que objetiva a formação integral do aluno, promovendo sua
auto-estima e valorizando a disciplina e a responsabilidade no cotidiano
escolar. O Vereador Maurício Dziedricki registrou sua satisfação por retornar a
esta Casa, manifestando-se acerca da gestão de Sua Excelência como Secretário
Municipal de Obras e Viação. Nesse sentido, lembrou empreendimentos realizados,
como o Conduto Forçado Álvaro Chaves, o Viaduto Leonel Brizola e o Programa
Porto Alegre Mais Luz, sublinhando, contudo, que a ação mais importante de sua
passagem pelo Executivo foi a busca de um constante diálogo com a população da
Cidade. A Vereadora Maristela Maffei discorreu sobre problemas de segurança
observados na Praça Roseli Antunes, no Bairro Lomba do Pinheiro, relatando
contatos mantidos com o Executivo Municipal na busca de melhorias para a
iluminação pública e a implantação de mais áreas de lazer e esportes naquela
região. Ainda, solicitou providências quanto aos procedimentos a serem seguidos
pela comunidade para encaminhamento de reivindicações atinentes à instalação de
obras de infra-estrutura. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação,
foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 012 e
019/08. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 040/07,
discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Margarete Moraes, Carlos Todeschini,
José Ismael Heinen, Sofia Cavedon e Beto Moesch. Em Discussão Geral, 2ª Sessão,
esteve o Projeto de Resolução nº 063/05, discutido pelo Vereador Carlos
Comassetto. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº
006/08, discutido pelos Vereadores João Carlos Nedel, João Antonio Dib e Ervino
Besson e pela Vereadora Margarete Moraes. Às dezessete horas e cinqüenta
e dois minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Claudio Sebenelo e Ervino Besson e
secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Comunicamos a representação externa do Ver. Carlos
Comassetto, que representará a Câmara Municipal no Evento Inovação para
Competitividade no Mundo Plano, no Auditório Assespro-RS/SOFTSUL - Tecnopuc, na
Av. Ipiranga, no dia 8 do corrente mês.
Comunicamos a representação do Ver. Adeli Sell no XV ENEAC 2008 - Encontro Nacional das Empresas de Asseio e Conservação -, que acontecerá do dia 9 a 13 de abril de 2008, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, oportunidade em que o Vereador será um dos palestrantes desse evento.
Comunicamos
a representação externa do Ver. Carlos Comassetto, que estará representando a
Câmara Municipal na solenidade de posse do Conselho Municipal dos Direitos das
Pessoas com Deficiência de Porto Alegre, a realizar-se às 14h30min, do dia 7 de
abril de 2008, no Salão Nobre Paço dos Açorianos, na Praça Montevidéu, n° 10.
Queria
dar as boas-vindas aos dois Vereadores que retornam à Casa, depois de alguns
meses, alguns anos, nos exercícios das Secretarias: o Ver. Beto Moesch e o Ver.
Maurício Dziedricki. Muito bem-vindos os dois Vereadores que retornam aos seus
assentos nesta Casa. Portanto o nosso carinho e bom trabalho no retorno de V.
Exas a esta Casa.
Passamos
à
O
Sr. Cristiano Vieira Heerdt, representando a Associação dos Defensores Públicos
do Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra para tratar de assunto
relativo à importância da Defensoria Pública para a cidadania, pelo tempo de 10
minutos.
O
SR. CRISTIANO VIEIRA HEERDT: Sr.
Presidente, na pessoa de quem saúdo esta Câmara e a Mesa Diretora; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, na
condição de Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado,
honra-me estar aqui, hoje, para falar um pouco da importância da Defensoria
Pública do Estado para a sociedade gaúcha, além de falar da importância,
retratar um pouco a situação lastimável em que vive hoje a Defensoria Pública
em vários aspectos: sob o aspecto da estrutura orçamentária; sob o aspecto da estrutura
material. E, para isso, para que nós falemos acerca da estrutura da Defensoria
Pública é relevante frisar que a Defensoria, a partir de 1988, quando foi
criada, passou a constituir um importante instrumento de acesso à Justiça,
principalmente, especialmente, para a população mais carente do País.
Em
2004, com a Reforma do Judiciário, a Defensoria Pública passou a gozar de status
funcional como instituição autônoma, a exemplo do Ministério Público.
Pois
bem, em 2004, nos moldes do Ministério Público, a Defensoria passou a ter
autonomia orçamentária, administrativa e financeira. Mas, infelizmente, ainda
que com esse status constitucional renovado, a Defensoria ainda não
dispõe, na maioria dos Estados brasileiros, de uma estrutura digna e que
comporte a demanda no que diz respeito ao acesso à Justiça.
Em
2005, na Assembléia Legislativa do Estado, aprovou-se a Emenda nº 50 que
consolidou a autonomia em âmbito estadual. E a Defensoria, hoje, sofre,
significativamente, com o descaso de gestões ao longo desses anos em que se
criou e que se sedimentou no Estado do Rio Grande do Sul. Aqui, no Estado, nós
temos 317 Defensores, ao passo que no Ministério Público são 700 agentes na
ativa. Há 163 Comarcas no Estado, hoje há falta de Defensores em cerca de 35 dessas
163 Comarcas.
Em
que pese a mesma estrutura, portanto, senhores, em termos legislativos, não
temos a mesma estrutura material e de serviço. Enquanto o Orçamento do
Ministério Público Estadual gira em torno de 500 milhões de reais, o Orçamento
da Defensoria Pública não ultrapassa os 77 milhões, e, ainda assim,
contingenciado, em grande escala, pelo Governo do Estado.
Se
não bastasse a questão das estruturas orçamentária e material, e a defasagem de
pessoal, temos uma remuneração que, de 1995 para cá, sofreu um grande arrocho.
Em
1995, juízes, promotores, defensores públicos percebiam a mesma quantia a
título de vencimentos, e, hoje, um Defensor Público, em início de carreira,
inicia percebendo R$ 5.349,00 reais; um Juiz de Direito e um Promotor percebem
R$ 10.994,00 reais, brutos.
Todos
esses fatores acabam resultando num grande desestímulo, numa grande debandada
de Defensores para outras carreiras.
De
2000 a 2007, 38% dos Defensores Públicos que tomaram posse pediram exoneração,
e migraram para outras carreiras, especialmente para a Procuradoria-Geral do
Estado, que detém hoje um salário inicial médio de 13 mil reais, bruto.
Ou
seja, uma carreira do Executivo, sem o mesmo status funcional da Defensoria
Pública, sem autonomia concedida à Defensoria Pública em âmbito federal e
estadual, mas com um salário bastante significativo, o que acaba resultando num
desestímulo completo à carreira.
Enfim,
são breves pinceladas sobre a estrutura da Defensoria Pública. Qual o porquê da
importância da Defensoria Pública? E é importante, Sr. Presidente, que este
espaço esteja sendo concedido, mais uma vez, agradeço, renovo os
agradecimentos, mas por que a Defensoria Pública é importante?
Talvez
a sociedade desconheça que Defensores Públicos, hoje, não têm apenas atribuição
de mera assistência individual à população carente, ao cidadão carente. Hoje,
os Defensores Públicos detêm atribuições muito semelhantes ao Ministério
Público, no que diz respeito ao ajuizamento de demandas coletivas.
E,
para exemplificar essas atribuições, lembro que aqui, em 2007, no início do
Governo do Estado, Governo Yeda Crusius, nós tivemos o ajuizamento de demandas
coletivas por parte da Defensoria, que visavam ao restabelecimento do
transporte escolar da rede pública estadual. Havia desdobramentos em relação ao
repasse de recursos mediante o convênio que havia com os Municípios, e, diante
desse impasse, a Defensoria não teve alternativa senão ajuizar demandas
coletivas a ações civis públicas na Comarca de Jiruá, inicialmente, para que
fosse respeitado o convênio, que fosse repassada a quantia necessária para
assegurar o transporte da rede pública estadual de ensino. Infelizmente, a
liminar foi cassada, mas a Defensoria cumpriu o seu papel e ajuizou demandas
que visam ao atendimento da sociedade gaúcha.
Também
inúmeras ações foram ajuizadas contra inúmeras instituições bancárias, demandas
coletivas que visavam à reposição das perdas inflacionárias do Plano Bresser e
do Plano Verão. Os senhores sabem, acompanharam inclusive pela imprensa, que
inúmeras ações individuais foram movidas, e a Defensoria Pública, não obstante
essas ações individuais, ajuizou ações coletivas que atingiram toda a população
gaúcha, eis que foram suspensas as ações individuas, uma vez que o resultado
positivo das ações coletivas beneficiarão, em caso de procedência, toda
população gaúcha, inclusive àqueles cidadãos que não ajuizaram demandas
individuas.
Portanto
o leque, a gama de atribuições dos Defensores Públicos, hoje, ultrapassa a
simples assistência, mas, se não bastasse essa atribuição do ajuizamento de
ações coletivas, posso enumerar os projetos da Defensoria Pública que têm uma
repercussão, um alcance social, incalculável. Temos, hoje, no Estado do Rio
Grande do Sul o projeto DNA. Esse projeto, através da Defensoria, em convênio
com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, visa à realização de exame de
DNA gratuitamente, para aferição da paternidade sem necessidade de ajuizamento
de ações judiciais.
Portanto
a população carente pode procurar a Defensoria e poderá realizar o exame em um
mês, um mês e meio, sem o constrangimento de ingressar, sem a demora de uma
ação judicial. Infelizmente, agora, com a paralisação das atividades, esse
projeto para realização do exame de DNA está suspenso.
Temos
também o projeto Usucapião, projeto que visa à regularização de áreas coletivas
através da ação de usucapião coletiva para regularização de grandes áreas.
Fizemos mutirões em várias cidades do Estado, como, por exemplo, em Turuçu,
reunindo 500 famílias para ajuizamento de ações que visam à regularidade
fundiária.
Também
temos projeto, em desenvolvimento, projeto-piloto, na Comarca de Bento
Gonçalves, que visa à formação de cooperativas no sistema prisional. Enfim, há
uma série de projetos da Defensoria Pública que, por “n” razões, especialmente
pela questão estrutural, pela questão orçamentária, e agora, no caso, pela
paralisação das atividades dos Defensores Públicos, inúmeros projetos estão
suspensos e poderiam ser melhores desenvolvidos para atingir a população.
Nós tivemos, no ano passado, a aprovação, pela
Assembléia Legislativa do Estado, de três projetos, um do Poder Judiciário, um
do Ministério Público e um da Defensoria Pública - tendo em vista que, por
iniciativa de lei, hoje, à Defensoria Pública é assegurada por Emenda na Constituição
Estadual -, que fixavam subsídios dos membros de carreira do Poder Judiciário,
do Ministério Público e da Defensoria Pública; aprovados, mediante acordo de
todas as Bancadas em dezembro do ano passado, foram submetidos à Governadora,
e, lamentavelmente, a Governadora, pelos mesmos motivos, é bom frisar, pelos
mesmos motivos acabou por vetar todos os três projetos do Judiciário, do
Ministério Público, da Defensoria Pública no que diz respeito aos subsídios,
lembrando que o projeto da Defensoria Pública fixava um valor máximo de
subsídio para o cargo mais elevado da carreira, valor esse aquém dos valores
fixados para o Ministério Público, para o Judiciário. Após o Veto da Srª
Governadora, a matéria foi reencaminhada à Assembléia Legislativa para exame,
e, lamentavelmente, tivemos, no início deste ano, a manutenção do Veto apenas
ao subsídio da Defensoria Pública. Inclusive o Governo do Estado orientou a
manutenção especificamente à Defensoria Pública, embora, desde 2006, os três
projetos tenham tramitado de forma idêntica na Assembléia Legislativa e sem
resistência específica à Defensoria Pública. Tal fato, Sr. Presidente, causou,
evidentemente, uma revolta, uma indignação aos Defensores Públicos, que se
sentiram discriminados não apenas pela questão de subsídios - já se sentiam
assim desde 1995 -, mas quanto ao arrocho de seus vencimentos. Hoje, um
Defensor Público ganha cerca de 50% do que ganha um Juiz; com a aprovação dos
Projetos de subsídio para Juízes e Promotores, que passará a vigorar em março de
2009, essa proporção cairá para 29%, lembrando que 38% dos Defensores Públicos
deixaram a carreira de 2000 a 2007. Os vocacionados Defensores Públicos, que já
sofrem com uma demanda de serviço inigualável no que diz respeito às carreiras
jurídicas, têm mais este grande leão para derrotar: a questão da remuneração.
Com a paralisação dos Defensores Públicos, Sr. Presidente, concluindo, há cerca
de 30.000 processos parados, 2.000 pessoas deixam de ser atendidas no Estado do
Rio Grande do Sul por dia, esses Projetos que eu mencionei estão suspensos.
Portanto, Sr. Presidente, agradecendo o convite para uso da Tribuna Popular,
solicitamos o apoio desta respeitável Casa, no sentido de que seja enviada uma
moção formal em apoio à Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul,
fortalecendo a Defensoria Pública, respeitando-se a autonomia constitucional
que está esculpida na Constituição Federal e na Constituição Estadual, e uma
Moção no sentido da fixação do subsídio para os membros da carreira, lembrando
que há respaldo constitucional, a saber, o artigo 135 da Constituição Federal.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. MAURO ZACHER: Dr. Cristiano
Vieira, Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado, em nome da
minha Bancada, queria registrar, de maneira bastante relevante, o nosso
reconhecimento à importância da Defensoria nesse trabalho que vocês exercem,
criado no Governo Collares. O PDT lhes presta o maior reconhecimento, e eu,
pessoalmente, tenho muitos amigos Defensores. Essa classe teve, em um acordo na
Assembléia Legislativa, a garantia da equiparação do subsídio, também amparada
pela Constituição Federal, mas infelizmente não houve, por parte da
Governadora, o entendimento, a compreensão da importância do reconhecimento da
Defensoria Pública. Esta não é aqui uma crítica ao Governo, mas trata-se de uma
classe que necessita, da nossa parte, políticos do Poder Público, o
investimento, porque é a classe que está garantindo aos mais necessitados o
direito à defesa. Então, Cristiano, tenha todo o apoio desta Bancada, que tem
orgulho de, quando foi Governo, através do Governador Collares, ter criado a
Defensoria Pública. Portanto fica aqui o nosso reconhecimento total, em
especial deste Vereador, que tem muitos amigos Defensores Públicos; muitos
daqueles que estão se formando já estão entrando em concursos públicos. Receba
todo o nosso reconhecimento e apoio para esta luta justa e merecedora. Tenha,
por parte do PDT, todo esse apoio. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cláudio Sebenelo): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento Interno.
O SR. BETO MOESCH: Muito boa-tarde ao nosso visitante, Dr.
Cristiano Heerdt, Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do
Rio Grande do Sul, quero aqui falar, também, em nome dos Vereadores João Carlos
Nedel e João Antonio Dib, e dizer, em primeiro lugar, que não há justiça social
sem Defensoria Pública; não há justiça social sem Defensoria Pública
consolidada, estruturada e equiparada com o Ministério Público, com o
Judiciário, aliás, não só a instituição de vocês, mas também a
Procuradoria-Geral do Estado tem sofrido, tanto quanto vocês, uma falta de
compreensão. Não são apenas obras de engenharia que vão garantir o
desenvolvimento social de uma sociedade; muito mais do que isso, deve haver uma
instituição que possa garantir os seus direitos na sociedade, na sua maioria
sem condições de constituir advogados e que tem apenas na Defensoria Pública -
e tão-somente na Defensoria Pública - a garantia, entre aspas, porque o que
está acontecendo não está dando a garantia que a sociedade menos favorecida tem
como direito constitucional, a única garantia é a Defensoria Pública. Portanto
a Bancada do Partido Progressista se alia a essa instituição imprescindível
para o verdadeiro desenvolvimento social e por uma efetiva justiça social em
nosso Estado. Parabéns pela garra de vocês e por esse trabalho! E, com certeza,
pelo que já foi colocado aqui pelo nosso Presidente, Ver. Sebastião Melo, e
pelo nosso Presidente dos trabalhos, Ver. Sebenelo, esta Casa soma-se agora à
luta de vocês, não só de vocês, mas do povo gaúcho. Muito obrigado.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Dr. Cristiano Vieira Heerdt, Presidente da Associação dos Defensores Públicos
do Estado do Rio Grande do Sul, em nome da nossa Líder, Verª Margarete Moraes,
do Ver. Comassetto, da Verª Maria Celeste, do Ver. Danéris, Ver. Adeli, Ver.
Guilherme Barbosa, Ver. Oliboni, Verª Sofia e deste Vereador, nós lhe damos as
boas-vindas e gostaríamos de dizer que acreditamos na força e na importância do
instrumento da Defensoria Pública como um elemento de garantia, especialmente
para as classes menos favorecidas, porque elas, em última instância, têm essa
instituição como único instrumento para buscar a sua defesa, para buscar a
constituição de seus direitos. Nós somos acompanhadores dos problemas todos,
pelo menos daqueles que são divulgados pela imprensa, ou seja, da fila, das
dificuldades e das necessidades que tem o corpo dos Defensores Públicos do
Estado para ajudar na promoção da justiça social, para ajudar na promoção
inclusive do bem fazer do Estado, porque muitas vezes as filas não recebem o
benefício da Justiça, porque falta quem promova a justiça, e só os Defensores
Públicos podem fazer isso para largos contingentes de camadas populares. O
senhor mesmo falou que são 2.000 pessoas por dia que deixam de ser atendidas,
agora são 30.000 processos que se acumulam, e isso vem ao encontro de um enorme
prejuízo para o Estado e para toda a sociedade. Portanto receba aqui também a
nossa solidariedade, porque essa instituição é um instrumento para os menos
favorecidos, para as classes populares, para os pobres na busca e na promoção
dos direitos, garantias e justiça. Tenha, portanto, a solidariedade da
Bancada do Partido dos Trabalhadores nesta Casa. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Carlos Todeschini.
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente, nós queremos cumprimentar o Dr. Cristiano Vieira Heerdt, Presidente
da Associação dos Defensores Públicos, e expressar, como os demais Vereadores,
que reconhecemos que existe uma injustiça, tanto com os Defensores Públicos
como também com os Procuradores. Só que essa injustiça não nasceu agora, ela
vem-se arrastando através dos tempos. E, com toda a certeza, a luta dos
senhores é extremamente correta, honesta, justa, porque busca o equilíbrio, a
equiparação. Só que nós estamos num momento em nossa sociedade que todos
precisamos fazer uma grande discussão. Existem, realmente, algumas categorias –
Juízes, profissionais do Ministério Público e outras tantas – que estão num
determinado patamar que parece que são categorias de um outro país que não o
nosso que vive problemas tão cruciais, principalmente nas bases, nos salários
mais baixos, na fome que está cada vez maior. Então acredito que todos nós
precisamos fazer uma grande discussão, senão nós, corrigindo injustiças e mais
injustiças, vamos criar entre nós uma classe que vai ficar extremamente
distanciada do restante da população. E eu acho que está na hora de nós
fazermos uma discussão mais generalizada, a fim de fazermos a grande justiça
que queremos fazer, de que todos tenham condições de uma sobrevivência digna
neste País. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Luiz Braz.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. JOSÉ
ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Ilmo Sr. Cristiano
Vieira Heerdt, Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande
do Sul; em nome do Democratas, me manifesto para dizer que, além da função
social, além da importância da isonomia entre Poderes correlatos, além também
da importância de se ter um plano de carreira definido, com objetivos
pontuados, e sem auto-estima de todo e qualquer profissional, seja da função
pública ou privada, não teremos um serviço de qualidade. E, se isso está
faltando, pelo que pude constatar, na Defensoria Pública, e, se a Defensoria
Pública, que faz parte de uma engrenagem do Judiciário, não funcionar, o
Judiciário não vai funcionar a contento, e, se o Judiciário não funcionar,
tanto a Defensoria, o Ministério Público, os Juízes e também a segurança da
população não vão ser atendidos, porque aí começa a haver a ausência da
Justiça, a impunidade que hoje grassa no País, que faz com que a gente tenha
medo de sair de casa ou deixar nosso filhos irem ao colégio, seja lá o que for.
Conta com o apoio do Democratas nesta empreitada; é uma anomalia nacional que
se sente aqui, em todos os Estados do Brasil e em todas as Cidades do nosso
território. Portanto essa luta é meritória, é justa, e pode contar com o nosso
apoio.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
José Ismael Heinen.
O Ver Dr. Raul está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL: Nobre Ver. Claudio Sebenelo, na
presidência dos trabalhos; Dr. Cristiano Vieira, Presidente da Associação dos
Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul, quero me solidarizar, em
nome da Bancada do PMDB, com essa luta da Defensoria em cima da autonomia já
conquistada em 2004 e não reconhecida. Acho que é tão difícil se reconhecer
autonomia, se reconhecer realmente um trabalho que tenha dignidade, e a
essencialidade da Defensoria a gente vê nesses projetos como o do DNA. Eu sou
médico de Saúde pública, e a nossa categoria está há mais de dez anos,
praticamente, sem reajuste no Estado, passando por dificuldades imensas. A
gente também está na luta e não consegue um salário mais digno que deveríamos
todos ter. Eu acredito que a Defensoria merece toda a nossa consideração e
parceria pelo trabalho que ela faz, inclusive direcionado para essa base da
sociedade que é quem mais precisa, e precisa de um reconhecimento de parte do
Governo e não só do Governo Estadual, mas de toda a sociedade, porque muitas
pessoas da sociedade, infelizmente, hoje, nem sabem o que significa Defensoria
Pública. Então acho que isso passa por uma campanha maior de esclarecimento
para toda a nossa sociedade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Dr. Raul.
O Ver Dr. Goulart está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. DR. GOULART: Eu queria
saudar o meu querido Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; o Dr.
Vieira, e dizer que nós estávamos na Assembléia conversando com os Deputados do
PTB quando da votação em que saiu vencedor o Projeto do Judiciário e que
deixava a Defensoria para um outro momento, e se desenhava que não iriam fazer
o subsídio para a Defensoria, o que muito nos contrariou. Estávamos lá
principalmente, porque, como funcionários públicos, mais ainda, como médicos
que se, em seguida, continuarem com seus salários como estão, congelados há 10
anos, no Governo Estadual e Federal, precisarão logo, logo, em qualquer
distúrbio da sua conduta, do auxílio da Defensoria Pública; os médicos farão
fila na Defensoria Pública para poderem ser assistidos. Então a nossa luta, a
nossa solidariedade com V. Sa. e com a Defensoria Pública não é só pela
magnitude do trabalho, que fica parecido com o trabalho que a maioria de nós
faz, que é quase comunitário, cuidando daquela gente mais necessitada. Esse é
um grande motivo, mas também nós vamos precisar da solidariedade no momento em
que resolvermos acordar, e os médicos resolverem lutar contra os péssimos salários,
que, neste momento, beiram a 30% do que ganha qualquer elemento maravilhoso do
Judiciário. Solidariedade do PTB, Partido Trabalhista, e o reconhecimento do
trabalho da Defensoria Pública.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Dr. Goulart.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Caro
Presidente; representante da Defensoria Pública do nosso Estado, quando o Ver.
Sebenelo estava encerrando, eu pensei que seria injusto o PCdoB não se
manifestar, até porque o trabalho realizado na Assembléia Legislativa, em
relação à questão fundiária, uma luta permanente, tem sido de um valor inestimável a relação existente entre aquele
setor, e hoje não mais apenas a Assembléia, mas de todo o Estado, inclusive com
assento desta Casa, o papel que a Defensoria tem desenvolvido e prontamente,
apesar das precariedades, apesar de toda a sua reivindicação aqui trazida neste
fórum; queremos dizer que nós somos solidários. Nós, na medida do possível,
buscamos auxiliar quando a demanda coletiva, em especial, é muito exacerbada,
porém nós sabemos da responsabilidade pública que esta instituição tem e, por
isso, ser tão solicitada. A nossa solidariedade e o empenho no sentido de
superarmos esse momento difícil por que passa a nossa Defensoria, e seguindo a
luta, tiraremos juntos, com certeza, muitas vitórias. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigada, Verª
Maristela Maffei. Agradecemos a presença do Dr. Cristiano Vieira Heerdt,
Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do
Sul.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h41min.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo – às 14h42min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão Ordinária.
O SR. ALMERINDO FILHO (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos,
imediatamente, entrar no período de Comunicações. Após retornarmos à ordem
normal.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Almerindo Filho. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje, este período é
destinado a assinalar a Campanha “2008 – Ano da Bíblia”, promovida pela Sociedade
Bíblica do Brasil, por proposição do Ver. Almerindo Filho. Convidamos para
compor a Mesa o Pastor Acyr de Gerone Júnior, representante da Sociedade
Bíblica do Brasil no Rio Grande do Sul.
O Ver. Almerindo Filho, proponente
desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALMERINDO FILHO: Sr.
Presidente, Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, recebemos com grande honra o Pastor
Acyr, representante da Sociedade Bíblica do Brasil. Na tarde de hoje, a Câmara
de Vereadores de Porto Alegre se sente honrada em parabenizar a Sociedade
Bíblica do Brasil pela realização da Campanha “2008 – Ano da Bíblia”, promovida
em todo o País.
No período pós 2ª Guerra Mundial, surge a Sociedade
Bíblica do Brasil, a SBB, uma entidade criada por destacados líderes cristãos,
com o lema “Dar a Bíblia à Pátria”. A Sociedade Bíblica é fundada em 10 de
junho de 1948, no Rio de Janeiro. A partir de então, assume as atividades de tradução,
produção e distribuição da Bíblia em todo o território nacional. A Sociedade
Bíblica do Brasil é uma entidade nacional, que faz parte das Sociedades
Bíblicas Unidas – SBU, uma fraternidade mundial de entidades, cuja fundação
remonta ao século XIX, que foi criada com o objetivo de facilitar o processo de
tradução, produção, distribuição das escrituras sagradas, por meio de
estratégia de cooperação mútua. As SBUs congregam 141 Sociedades Bíblicas
atuantes em mais de 200 países e territórios, que são orientados pela missão de
promover a maior distribuição possível de Bíblias, com uma linguagem que as
pessoas possam compreender e com um preço que possam pagar.
Ao longo do ano de 2007, uma série de eventos foi
realizada em todo o Brasil, a fim de sensibilizar a sociedade acerca da
referida Campanha. Em 9 de
dezembro passado, cristãos de todo o País se reuniram para celebrar a palavra
de Deus. Nessa data, foi lançada oficialmente a campanha que tem mobilizado
diversos segmentos da sociedade civil na divulgação da mensagem bíblica.
Diversas Sessões Solenes foram realizadas pelo Brasil, tais como na Assembléia
Legislativa de São Paulo, bem como nas Câmaras Municipais de Recife,
Pernambuco; Piracicaba, São Paulo; Campo Grande, Mato Grosso do Sul; Rio
Branco, Acre; Osasco, São Paulo e São Bernardo do Campo, São Paulo. Além disso,
passeios ciclísticos, que se chamam “Pedalando por Bíblia, Unidos pela Paz”,
foram promovidos em que a inscrição para o evento era a doação de uma Bíblia,
que posteriormente foi doada para pessoas carentes e presidiários. Porto Alegre
não pode ficar para trás. Pretendemos, com a realização dessa homenagem, não só
comemorar, mas valorizar o trabalho sério e de qualidade que tem sido realizado
pela Sociedade Bíblica do Brasil, a sociedade brasileira como um todo e
porto-alegrense em particular. As atividades da Sociedade Bíblica do Brasil têm
contribuído de forma relevante na construção de mecanismos que promovam a
cultural da paz em nosso País. Que Deus abençoe a Sociedade Bíblica do Brasil! Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
nosso homenageado, Pastor Acyr de Gerone Júnior, está com a palavra.
O
SR. ACYR DE GERONE JÚNIOR: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
demais autoridades presentes, senhores representantes da imprensa, senhoras e
senhores. Isaías, no capítulo 40, versículo 6º até o 8º, diz: “Anuncie a
mensagem!”. E o que devo anunciar? Pergunto. “Anuncie que todos os seres
humanos são como a erva do campo, e toda a força deles é como uma flor do mato.
A erva seca, e as flores caem quando o sopro do Senhor passa por elas.” De
fato, o povo é como a erva, a erva seca, e a flor cai, mas a palavra do nosso
Deus dura para sempre. É um prazer estar aqui nesta Casa, usando esta tribuna
para falar de algo tão importante como é a Bíblia Sagrada. O ano de 2008 é o
Ano da Bíblia. Vocês talvez se perguntem por que razão celebrar o ano de 2008
como o Ano da Bíblia, qual é o propósito? Gostaria, portanto, de lembrar
alguns pontos do contexto que levou a Sociedade Bíblica do Brasil a celebrar
2008 como o Ano da Bíblia. Anos cheios, em geral, são motivos de celebração. No
matrimônio, por exemplo, celebramos Bodas de Prata aos 25 anos e Bodas de Ouro
aos 50 anos. Assim, as Sociedades Bíblicas que, neste momento, são um total de
145 Sociedades Bíblicas Nacionais no mundo, quando chegam a um número cheio de
anos de atividades num país, celebram essa data de modo especial. Em 2004, por
exemplo, celebramos os 200 anos de fundação da primeira Sociedade Bíblica em
todo o mundo, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. A Sociedade Bíblica
chega, em 2008, aos 60 anos de existência, o que é, praticamente, o tempo de
uma vida humana. Isso certamente merece uma celebração especial. Temos aí,
portanto, um dos elementos que inspiraram a Sociedade Bíblica do Brasil a
celebrar 2008 como o Ano da Bíblia. O outro fato importante, inspirador dessa
celebração, teve lugar dois séculos atrás. Sem entrar nos detalhes da história,
foi em 1808 que chegou ao Brasil D. João VI, rei de Portugal, em fuga, diante
da ameaça dos franceses. Dom João VI partiu, com toda a sua corte, em 29 de
novembro de 1807, mas só chegou a Salvador, Bahia, em 22 de janeiro de 1808.
Uma semana depois de ter aportado em Salvador, no dia 28 de janeiro de 1808, D.
João VI decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Além de o
próprio D. João VI ter trazido ao Brasil um exemplar da Bíblia de Gutenberg, o
Brasil agora estava aberto para a Sociedade Bíblica, que havia sido fundada há
quatro anos. Imediatamente, no mesmo ano de 1808, essa Sociedade Bíblica se
animou a produzir escrituras sagradas em língua portuguesa e enviá-las para a
colônia, nas Américas. Os primeiros 12 mil exemplares do Novo Testamento em português
só chegaram em 1809, mas foram editados em 1808, mandados para o Brasil. Eis
mais uma razão para celebrar 2008, junto com os 60 anos da SBB, como Ano da
Bíblia: em 2008, fará 200 anos que os portos do Brasil estão abertos para
receber as Escrituras Sagradas, de forma sistemática, contínua, e ininterrupta
e a primeira grande tiragem de Escrituras produzida para o Brasil.
Por
último, gostaria de destacar alguns números. Desde a fundação da Sociedade
Bíblica do Brasil, em 1948 até 2007, sem contar o que foi distribuído antes da
fundação da Sociedade Bíblica, foi esse o número de Escrituras distribuídas no
Brasil através da Sociedade Bíblica: 61 milhões 659 mil 497 Bíblias; 12 milhões
948 mil 377 Novos Testamentos; 103 milhões 13 mil 668 porções da Bíblia
Sagrada; 3 bilhões 739 milhões 163 mil 254 seleções; totalizando 3 bilhões 916
milhões 784 mil 796 porções da Bíblia Sagrada. Por isso, senhoras e senhores,
que nós convidamos todos, a Nação brasileira, a sociedade porto-alegrense a
celebrar o ano de 2008 como o Ano da Bíblia. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Nós
que agradecemos. Pergunto se algum dos Vereadores integrantes da lista de
oradores de hoje, em Comunicações, vai usar a palavra neste momento. (Pausa.)
Não há quem queria se pronunciar a respeito. Encerramos esta homenagem,
lembrando que há mais de 500 anos a primeira Bíblia circulou, em 1496, impressa
por Johannes Gutemberg, e é talvez o livro mais editado de toda história da
humanidade. Isso mostra apenas a importância, a sabedoria, o conteúdo da
Bíblia, que é uma orientação segura com uma interpretação adequada e uma fiança
de uma vida feliz. É isso que todos nós desejamos ao Pastor Acyr, e
principalmente o sucesso nesta campanha, neste ano de 2008, o Ano da Bíblia.
Meus parabéns pelo seu trabalho. Muito obrigado pela sua presença.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h56min.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo - 14h57min): Estão reabertos os trabalhos.
Acabamos
de receber este exemplar da Bíblia Sagrada (Mostra exemplar da Bíblia.), e
faremos o seu encaminhamento à Biblioteca desta Casa para integrar o patrimônio
da Câmara Municipal de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ADELI SELL: Meu caro
Ver. Claudio Sebenelo, colegas Vereadores e Vereadoras, quero saudar os
Secretários que voltam a esta Casa e aproveitar este período de Comunicações
para alertar o Governo Municipal, as Secretarias Municipais, de alguns graves
problemas: a situação de estancamento de água de chuva e esgotos em várias
pontas da Cidade. Sábado à tarde, estive nos bairros Ponta Grossa e Belém Novo
e pude verificar a grave situação que nós estamos vivendo: uma mosquitama! Não
sou um especialista, mas tirei fotos e as mandei, como faço sistematicamente,
Ver. Maurício Dziedricki, para a Prefeitura Municipal, porque, hoje, o Governo
é o Governo José Fogaça, que está lá há três anos, portanto, todas essas
questões que deveriam ter melhorado e não melhoraram são de responsabilidade
dele. Por isso é que eu me dou o direito de cobrar. Não estou politizando nem
partidarizando essa questão, porque este assunto trata de vida, trata de Saúde
pública. É por isso que eu alerto: estão lá na Prefeitura, com os respectivos
Secretários e Diretores, os endereços das pessoas dessas regiões, com seus
telefones, com as fotos, mostrando a calamidade do estancamento da água da
chuva, do esgoto, ou seja, um grave problema de Saúde pública.
Já
citei aqui que, na última chuvarada que deu - e nem foi tanta -, lá na Vila
Cruzeiro do Sul, mais especificamente na Vila Tronco, a 50 metros do Postão,
ratos morreram afogados, tal era o nível de esgoto trancado e falta de
bocas-de-lobo. E não há nenhuma política de limpeza naquela região. Também
quero lembrar que, na mesma região, na Vila Dormênio, nós temos uma situação
muito grave com mosquitos; as pessoas convivem com animais, não tem diferença
entre a casa e o estábulo dos cavalos. Não é diferente a situação em várias
pontas da Bom Jesus, especialmente na Vila Pinto, uma área de risco. Dias
atrás, eu também batalhei para que os órgãos da Prefeitura me acompanhassem num
tour por aquela região.
Ver.
João Dib, V. Exª que já foi Secretário, que já foi nosso Prefeito, eu quero
alertar para a situação lastimável das nossas praças. Não dá para caminhar na
Praça da Matriz. (Palmas.) A Praça da Matriz está abandonada! Está abandonada a
Praça Daltro Filho! Está abandonada a Praça da Alfândega! Ou seja, a Prefeitura,
através da SMAM, não fez absolutamente nada no último período em relação a
essas praças, que estão tomadas de sujeira, indigentes, lixo. Eu chamo a
atenção para esses espaços, e poderia falar de outros tantos aqui no Centro e
na periferia. Não é diferente a situação, Verª Maria Celeste, na Zona Norte,
não é diferente. Não é diferente, Ver. Oliboni, na Zona Leste.
Ontem,
os Vereadores estiveram no Brique na Redenção. Eu não fiquei apenas no Brique,
eu caminhei na Redenção, e fiquei pasmado. Há uma usina de reciclagem de lixo
na Redenção. O pessoal está utilizando uma parte da Redenção para fazer toda
uma coleta através de carrinheiros e carroceiros, e fazem a reciclagem ali
mesmo.
A
Prefeitura abandonou as praças. A Prefeitura abandonou os espaços públicos. A
Prefeitura tem lerdeza. A Prefeitura não tem no seu dicionário a palavra
limpeza. Mas, sem dúvida nenhuma, a palavra que mais aparece é enrolação. Esta,
sim, esta aparece em todos os dicionários da Prefeitura, de todas as
Secretarias: enrolação, enrolação, enrolação! Esse é o método da Administração
Fogaça, e é por isso que nós estamos aqui, como fiscais da coisa pública, para
cobrar. Não bastasse a lerdeza, é um Governo sem atitude, é um Governo em cujo
dicionário não consta a palavra ousadia. Boa-tarde.
(Não
revisado pelo orador.)
E
ele vai fazendo tudo o que pode, porque ninguém, em 3 anos e 3 meses, pode
recuperar aquilo que se perdeu ao longo de 16 anos, quando a Prefeitura contava
com muito mais recursos, quando a Constituição de 1988 dava aos Municípios mais
recursos. Mas, no Governo Lula, esses recursos foram sendo tirados - e, agora,
com mais taxas e com mais outras criações que são feitas para negar aos
Municípios, à Federação recursos que deveriam ser divididos. Então eles não se
chamam mais impostos, e sim taxas. E a União continua recebendo mais, mais e
mais. Os nossos parques e as nossas praças estão melhorando, sim, estão
recebendo atendimento da Secretaria do Meio Ambiente, que não se preocupa só
com isso; a Secretaria está preocupada também em fazer a adoção, o que foi
feito com o Parque Farroupilha, com a orla do Rio, que, tem razão V. Exª, a
Prefeitura encontrou em péssimas condições.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Dib, para
contribuir com o debate: são três anos, e já estamos indo ao quarto mês, de
Governo. Sempre foi alegado que a Administração Popular deixou uma dívida, que
era de 65, 70 milhões de reais; segundo o Ver. Sebastião Melo, nosso
Presidente, 87 milhões - vamos admitir que seja esse o número -, mas isso
corresponde à arrecadação de sete dias. Já se passaram 1.200 dias da
Administração Fogaça, e nada foi resolvido ainda. Portanto essa justificativa
não é aceitável, Ver. João Dib. Obrigado por me conceder aparte.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Brilhante
o aparte de V. Exª, sem dúvida nenhuma. “Corresponde à arrecadação de sete
dias” - o que não é verdade, mas, em todo o caso, eu vou considerar como um bom
aparte. A Prefeitura não arrecada 175 milhões de reais todos os meses, e esse
foi o déficit deixado pela Prefeitura que o PT entregou para José Fogaça. Nos
primeiros dias da primeira semana de 2005, o Prefeito Fogaça teve que pagar 5
milhões de dólares para o BIRD, e esses 5 milhões eram um pouquinho mais do que
os 5 milhões de dólares de hoje. A arrecadação da Prefeitura, claro, teria que
recompor o passado; hoje, está fazendo superávit primário - não da ordem do
Presidente Lula, que já está até preocupado com o tamanho do superávit
primário, mas a Prefeitura de José Fogaça conseguiu superávit e conseguiu
colocar, outra vez, a cidade de Porto Alegre entre aquelas cidades, que, tendo
capacidade de endividamento, que nunca perdeu, mas tinha perdido o crédito. O
crédito foi recuperado, e nós podemos, novamente, pensar em fazer obras.
Portanto
não são em sete dias que se recuperam três anos de déficit primário; é
necessário muito mais tempo, porque a Administração tem que continuar, e,
quando se cria um problema, se cria em alguns minutos; a solução sempre é muito
mais demorada quando se deixa deteriorar, como deixaram deteriorar, vários
postos de saúde, a recuperação é mais cara, é mais demorada. Portanto fico
contente por o Ver. Adeli Sell ter dito que todas essas questões que deveriam
ter melhorado melhoraram, em sua maioria; inclusive aquelas do Orçamento
Participativo, 500 ou 600 demandas do Orçamento Participativo que não haviam
sido atendidas - algumas de poucos reais e outras de milhões de reais -, foram atendidas
na Administração Fogaça nesses três anos, três meses e uma semana. Saúde e
PAZ!.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo):
Obrigado, Ver. João Dib.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Ver. Claudio Sebenelo, na presidência dos trabalhos; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; público que acompanha o Canal 16; senhoras e
senhores; hoje comemoramos o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, e queríamos,
aqui, num pequeno gesto simples, mas de coração, tenho certeza que em nome da
Casa, em nome dos Vereadores e Vereadoras, solidarizarmo-nos com todos os
profissionais da área da Saúde, Ver. Sebenelo, Ver. Dr. Raul, Ver. Goulart,
todos os médicos, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, os auxiliares de
enfermagem, os técnicos em nutrição, enfim, desde o pessoal ligado à limpeza
até o médico.
Sabemos
que, se algum deles falhar, teremos problemas dentro de um hospital, como
aconteceu, recentemente, no caso da bactéria que tentou tomar conta das vidas
dos cidadãos e cidadãs que estão hospitalizados. Portanto não podemos nos
esquecer desses profissionais que salvam vidas diariamente. Queremos nos
solidarizar com eles, dizendo que, embora alguns Governos não dêem prioridade à
Saúde, nós, como cidadãos e como cidadãs, valorizamos, reconhecemos que esses
trabalhadores fazem, às vezes, milagres para poder salvar algumas vidas, por
exemplo, os profissionais que trabalham na SAMU. Quem não viu já os
profissionais que trabalham na SAMU chegarem em apenas cinco ou dez minutos e fazerem
ali, por meio das suas mãos, dos seus aparelhos disponíveis, da qualificação
técnica presente, a possibilidade de dar espaço para dizer ao familiar, aos
profissionais, que é possível, sim, salvar uma determinada vida? Por momentos
como esse é que nós queremos nos consagrar e dizer a esses profissionais que é
de extrema importância, então, que o Poder Público valorize os profissionais da
Saúde. Muitos Governos, como falei, não valorizaram isso, nos últimos quatro
anos, porque, somente no Rio Grande do Sul, mais de 2 mil leitos foram
fechados, mais de 10 mil profissionais foram demitidos, e - somente no Estado
do Rio Grande do Sul! - 13 hospitais foram fechados. Vejam só que
responsabilidade teve, por exemplo, o Governo do Estado – e envolve vários
Governos, não é um só – ao longo desse tempo, em deixar fechar 13 hospitais do
nosso Estado, em deixar de pagar, agora, recentemente, o Hospital Vila Nova -
que pode entrar em greve ou fechar, se não forem pagos os atendimentos já
efetuados pelo Vila Nova e que, até então, não foram repassados pelo Poder
Público. A cada ano, nós vemos esse filme passar, e o Poder Público tentar se
eximir da responsabilidade e esquecer que ele é o gestor Municipal, responsável
pela política de Saúde do nosso Município. E nós percebemos isso, como Comissão
de Saúde e Meio Ambiente, como também qualquer Vereador pode se apropriar
disso, visitando as Unidades da Saúde do Município de Porto Alegre. O nosso
Secretário, Ver. Dr. Goulart, desafiou-nos e disse que nós deveríamos visitar
as 30 Unidades de Saúde que estavam em reforma, pois a Comissão de Saúde deu
atenção, e, na grande maioria, fez as visitas, mas, por incrível que pareça,
dito pelos próprios coordenadores das Unidades de Saúde, que foi feita
simplesmente uma pintura ou uma maquiada, não houve aumento no número de
profissionais - o que é fundamental para dar a contrapartida ao cidadão que
está aguardando na fila para o atendimento médico -; não foi dada nenhuma
reestrutura em termos de aparelhos técnicos - muitas vezes, o ecógrafo pode
resolver muita coisa, um raio X pode resolver muita coisa, um laboratório pode
resolver muita coisa -; e aí se diz que estão reformando 30 Unidades de Saúde e
que, em seguida, serão reformadas mais 40 Unidades de Saúde. Nós aqui, como
Vereadores - que recebemos,
diariamente, queixas dos cidadãos com relação ao atendimento, com relação ao
colega que está faltando lá para poder dar o atendimento e aumentar, isso é,
dando o retorno à demanda que existe, porque em algumas Unidades de Saúde há
pilhas de solicitações de marcação de consultas por especialidade, e, muitas
vezes, nem o telefone da Unidade de Saúde está funcionando. De que forma vamos
dar estrutura a essas Unidades de Saúde, nobre Presidente, Ver. Claudio Sebenelo,
se nós não damos nem condições ao cidadão
que está ali próximo? Ao cidadão que vai consultar, é dito o seguinte: “Em 30
dias, nós marcaremos a consulta com a especialidade que o clínico geral
informar”. Pois esse mesmo cidadão fica aguardando por anos para poder ter a
contrapartida e mais tempo ainda, depois, se for solicitar um exame. É aí é que
o prestador conveniado ao Poder Público vai dar retorno de quando há agenda.
Daí pergunta-se, Ver. Dr. Goulart, ao prestador se há disponibilidade de fazer
um exame, uma cintilografia óssea, e ele responde que tem. Mas, então, por que
o Poder Público não marca? É porque ele determina quantas ele pode fazer ou
pode comprar daquela Unidade de Saúde conveniada.
E
aí nós perguntamos: se vamos lá com um convênio, é feito na hora; se for
particular, é feito na hora; e, para o Poder Público, demora anos para que
sejam feitos esses exames? Daí nós nos perguntamos: será que vale a pena,
então, nós dizermos, todo o santo dia, ao Poder Público que tem que resolver o problema,
se ele sabe onde está a raiz do problema - que é com os exames - e poder
possibilitar ao Poder Público a viabilidade com urgência daqueles casos que são
urgentes?
Então,
nesse sentido, eu queria, para concluir, nobre Presidente, neste pequeno espaço,
me solidarizar com esses cidadãos e cidadãs que são trabalhadores da Saúde,
independentemente se o Poder Público nos dará ou fará essa valorização que os
senhores merecem. Nós estamos aqui reconhecendo essa função e quero dizer a
todos vocês: têm que persistir, porque, um dia ou outro, tenho certeza absoluta
de que as vidas que vocês estão salvando, estão salvando para poder dizer à
humanidade que é importante, sim, viver e fazer a sua história; mas a história
pelo bem das pessoas que por aqui passam. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
Ver. Beto Moesch está com a palavra para um Requerimento.
O
SR. BETO MOESCH (Requerimento): Sr.
Presidente, Claudio Sebenelo, eu gostaria de requerer a V. Exª a aquiescência
para poder entregar a V. Exª, vou entregar também à Biblioteca desta Casa e a
todos os Vereadores, o Diagnóstico Ambiental de Porto Alegre que teve início em
2002, inclusive registrando aqui a colaboração de todas as pessoas, desde 2002,
que culminou, na quinta-feira última, em um trabalho que vem a ser uma
ferramenta imprescindível para a discussão do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental, para o Plano Diretor de Drenagem, para o Plano Diretor de
Resíduos, para qualquer licença ambiental a ser concedida daqui para frente. Ou
seja, para planejar a Cidade em termos macro e também em termos micro. Portanto
estou entregando a V. Exª e aos demais Vereadores, e também à Biblioteca, um
trabalho que envolveu a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e vários profissionais para chegar a esse material
sem precedentes, que vai ser uma ferramenta indispensável para cada cidadão,
para cada Vereador, para cada administrador, enfim, para quem, realmente, quer
uma Cidade melhor, tendo agora um diagnóstico para poder basear as presentes e
futuras decisões.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado. Eu defiro de plano a distribuição deste precioso material e agradeço
a V. Exª
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Bernardino Vendruscolo.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu
caro Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16
da TVCâmara, eu queria saudar todos. Eu quero fazer aqui uma saudação muito
especial aos dois colegas Vereadores-Secretários que retornam a esta Casa, no
dia de hoje, dois jovens Vereadores: Ver. Maurício Dziedricki, da SMOV, e o
Ver. Beto Moesch, da SMAM. Quero aqui, Ver. Maurício, parabenizá-lo por seu
trabalho, eu sei que V. Exª tem feito muito esforço, muitas coisas V. Exª fez e
outras V. Exª gostaria de ter feito, mas, infelizmente, a gente sabe que a
burocracia, muitas vezes, trunca a melhor das boas vontades que o Secretário
tenha, nós reconhecemos o trabalho de V. Exª, Ver. Maurício.
Há
pouco, o Ver. Almerindo prestou uma homenagem à Bíblia, e eu entendo que,
quando se fala na história da humanidade, não há livro no mundo que consiga
superar a Bíblia Sagrada.
Acho
que cada cidadão, cada cidadã, deveria, não digo uma vez por dia, mas, no
mínimo, uma ver por semana, ler um trecho da Bíblia. Seria de grande proveito
para o nosso povo que, muitas vezes, sofre e não tem uma palavra de conforto
para recuperar a credibilidade, a força de vontade, e a cidadania, para
enfrentar os problemas que surgem no dia-a-dia.
Tenho
certeza de que a Bíblia Sagrada traria muita coisa boa para as pessoas que
estão desiludidas com suas vidas.
Ver.
Beto Moesch, quero, aqui, de forma tranqüila, reconhecer o trabalho de V. Exª
Acho que o nosso colega Adeli Sell foi um pouco injusto com V. Exª , apesar de
ele sempre colocar aqui as suas opiniões de forma tranqüila.
Nós
todos acompanhamos os problemas das nossas praças, e o Secretário fez um belo
trabalho por elas.
Tenho
dito, desta tribuna, e o Ver. Dib é testemunha, que o Ver. Beto Moesch é um
ecologista de berço; ele não foi fabricado. Ele defende a nossa natureza, o
nosso meio ambiente. E tenho, aqui, alguns dados importantes. Nós tínhamos, em
2004, 19 praças adotadas, das 540, em Porto Alegre, e, hoje, temos 68 praças.
Isso
é de grande importância para a cidade de Porto Alegre, porque aquelas praças
que foram adotadas, as famílias conseguem lá se encontrar, conseguem fazer um
bate-papo, pela preservação do meio ambienta e da natureza. Eu me recordo da
minha querida avó, que veio da Itália, que sempre dizia: “Vamos conservar o
meio ambiente, vamos conservar a natureza, porque a qualidade da nossa vida, a
saúde da nossa população depende, sim, da preservação, da conservação do nosso
meio ambiente”.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Vereador,
seu tempo se esgotou.
O
SR. ERVINO BESSON:
Vereador-Presidente, eu sou o próximo Vereador inscrito em Comunicações.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): V.
Exª pode continuar com a palavra.
O
SR. ERVINO BESSON: Obrigado,
Presidente. Quero agradecer ao meu querido colega Ver. Bernardino Vendruscolo,
que me cedeu o seu tempo. Nós plantávamos três mil mudas/ano antes da
Administração do Ver. Beto Moesch, e hoje são dez mil mudas plantadas, por ano,
na cidade de Porto Alegre. Então acho que é um ganho de extrema importância
para a nossa Cidade. A qualidade de vida, a preservação do nosso meio ambiente
é de grande importância, assim como a manutenção das praças, que era feita de
três em três meses e hoje é feita a cada quarenta dias - eu moro próximo a uma
praça e sei. Caminhamos, durante o dia, pela Cidade, assim como os colegas
Vereadores, e podemos ver as praças, sim, mais conservadas, limpas, com a troca
de bancos e de brinquedos. Nós temos em Porto Alegre, hoje, 578 praças, não é
fácil conservar todas elas, porque a própria população também não colabora.
Convenhamos! Falta um pouco de educação por parte da nossa população quanto a
conservar as praças, para que seja um espaço onde as pessoas possam se
encontrar, levar as crianças, enfim, um lugar de lazer, de conservação das
árvores. Infelizmente, há muitas pessoas que ainda não possuem essa educação de
conservar as nossas praças.
O SR. DR. GOULART: Ver. Claudio
Sebenelo, Presidente; Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores, é com satisfação que, no Dia Mundial da Saúde, venho trazer
minha saudação a todos profissionais da Saúde. No momento em que a Saúde
Pública, responsável por 75% dos atendimentos no Brasil, atende a nossa gente
de maneira precária, podemos dizer que batalhões de heróis trabalham nos
ambulatórios, nos hospitais, nas UTIs, espalhadas por essa nossa pátria. Eu
quase sempre estou do lado do Ver. Oliboni nas suas idéias a respeito de Saúde.
Quando fazíamos parte da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, trabalhávamos muito
juntos. Mas quero dizer ao Vereador, quero convidá-lo a ir nas Unidades de
Saúde, para que o Vereador não fale, informado por terceiros, de maneira
política, porque não é verdade que houve só um remendo ou houve só um mise-en-plis
nos postos de saúde. Não é verdade. Por que eu posso afirmar que não é
verdade? Porque eu estive na inauguração da grande maioria deles. Estive com os
funcionários, nossos colegas, e todos eles estavam extremamente satisfeitos com
a grande remodelação que aconteceu nesses 36 postos de saúde. Sabe bem V. Exª
que, quando tive que apontar os erros do Governo Fogaça, na desastrosa gestão
do Secretário da Saúde, antigo, eu o fiz aqui todos os dias. Então desta vez,
eu tenho que fazer justiça.
Tenho que fazer justiça ainda e oferecer a minha
saudação do Dia Mundial da Saúde ao ex-Vereador desta Casa, Eliseu Santos,
depois Deputado e agora Secretário e Vice-Prefeito, porque ele, pelo menos, foi
o primeiro Secretário, nos últimos 20 anos, que começou fazendo alguma coisa. E
qual a coisa que ele está fazendo? Dando dignidade ao trabalhador e ao doente
que vai ser atendido. Antes desta remodelação, os doentes iam marcar a sua
consulta às três, quatro horas da manhã, e ficavam ao relento, ficavam na
chuva. Agora não acontece mais isso nesses postos. Foi colocada uma coisa
simples, uma meia-água, que já resolve bastante para a nossa gente que não pode
entrar no posto antes das quatro horas, porque não têm funcionários e nem
guarda lá. Então houve uma melhora. Coisa que ninguém fez antes.
O
Sr. Aldacir Oliboni: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Dr. Goulart,
realmente o Governo Fogaça se elegeu em cima de uma das plataformas, que foi
esta de melhorar a questão da Saúde.
O
Governo Federal, nesses últimos anos, tem mandado recursos superiores ao que o
próprio Município investe; e o Governo do Estado não tem mandado, nos últimos
dois anos, mais que 40 milhões de reais. De que forma o Governo Municipal vai
melhorar, vai qualificar, para não acontecer o que aconteceu ultimamente sobre
a questão da dengue, sobre a questão dos Agentes Comunitários, onde está o
coração do Governo? Ele está priorizando a saúde de fato? Ou vai deixar para
que o próximo Governo, como V. Exª acaba de dizer, melhore? Eu tenho certeza
que nós vamos melhorar e qualificar, mas nem todos devem pensar e dizer: “Não,
eu fiz alguma coisa”. Nós temos que fazer muita coisa, porque a população
aumenta, os problemas aumentam, e nós temos que estar sempre inovando,
melhorando, qualificando e apoiando.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Goulart, eu acho que o
Ver. Oliboni está se referindo aos valores gerais, aqueles que vão para o
Hospital Conceição, para o Grupo Conceição, e aqueles que vêm aqui para o
Município, porque no último dia de gestão do PT, o Governo retirou recursos
daqui e colocou recursos lá no Grupo Conceição. Então o Município, na verdade,
empobreceu em relação aos repasses que aconteciam no passado - ele empobreceu
-, infelizmente, foi um golpe do Partido que estava no Poder na nossa Cidade.
O
SR. DR. GOULART:
Verdade. O que eu ia dizer é que o Ver. Oliboni tinha dito duas coisas: uma “verdadinha”
e uma “não-verdadinha”. A “verdadinha” que ele disse foi que o Governo Estadual
está deixando de mandar dinheiro para o Município. Verdade! E nós estamos
atralhados por causa disso? Verdade! Mas não é verdade que a Federação tenha
mandado para o Município mais dinheiro. O Ver. Dib mostrou duas ou três vezes
aqui os dados, nos últimos anos, tem entrado menos dinheiro para o Município,
direto Brasília, fundo a fundo. Aí eu não estou considerando o Conceição e nem
o Hospital de Clínicas, fundo a fundo, Fundo Municipal de Saúde recebendo do
Fundo Nacional de Saúde. Nós precisamos melhorar o teto e aumentar isso. Então,
Ver. Oliboni, nós estaremos juntos, de braços dados nessa luta que será do
“Partido da Saúde”, que é uma extensão dos nossos Partidos. Eu não posso ficar
cobrando sozinho, Excelência. Eu tenho agora os Vereadores médicos que me
ajudarão, e gostaria que Vossa Excelência, comprometido com a Saúde, me
ajudasse a cobrar de todos os Governos. A minha saudação a todos os
funcionários da Saúde, que eu reputo como heróis brasileiros.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Encerradas
as Comunicações.
Passamos
ao
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra em
Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Luiz Braz.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Claudio
Sebenelo; caros colegas Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, eu
queria trazer hoje, no Grande Expediente, diversos assuntos que afligem a nossa
população, e eu acho que o País se ressente de políticas nessas áreas:
corrupção; cada vez avança mais o índice de desmatamento da Amazônia; a Saúde,
que hoje preocupa mais que a questão da segurança, com 29% como principal
problema; e também a Educação.
O
nobre colega Ver. Dr. Goulart falou sobre a Saúde, sobre o problema do SUS, que
nós temos sustentado todas as vezes que temos oportunidade de estar nesta
tribuna. E hoje está comprovado o porquê desses minguados recursos federais
para o Município. O Governo Federal desacelerou de 16% para 11% o investimento
no gasto social da Saúde. Está comprovado aquilo que V. Exª defendeu aqui.
Sobre
a Segurança Pública, eu quero dizer que tanto quanto a Saúde é um problema
grave pelo qual nós estamos passando no País. Vivemos num País em que o medo
tornou-se uma doença crônica da sociedade; refiro-me ao terror crescente da
população relativo à violência que assola o nosso dia-a-dia. Assistimos
perplexos às manchetes de jornais e percebemos a nossa vulnerabilidade frente à
falta de Segurança Pública e à fragilidade policial, que não consegue mais dar
conta do crime organizado e da bandidagem que corre solta nos centros urbanos e
no interior de todo o território nacional. “Meninos que matam, com 16 anos, 12
pessoas; professor assassinado por aluno ao apartar briga de adolescentes;
assaltantes em moto matam comerciante; tiroteio entre gangues e polícia faz
vítima de bala perdida; criança é atropelada na faixa de segurança em frente à
escola, e motorista fugiu!” Poderia ficar aqui por horas relatando as manchetes
das atrocidades que estamos acostumados a ler. Afinal, o que fazer diante dessa
situação caótica? Como estancar todo esse sangue derramado para que a próxima
vítima não seja um de nós ou alguém próximo e muito querido? Sabemos que as
causas dessas atrocidades são complexas, e não cabe aqui sua análise, mas as
soluções para erradicá-las são em longo prazo, pois dependem de mudanças
radicais na área econômica, política, social e cultural, e, certamente, sem uma
aceleração do desenvolvimento econômico, a melhoria na distribuição de renda e
da desigualdade social que impera no País, essas mudanças não serão possíveis.
O que então podemos fazer em médio e em curto prazo? Infelizmente, eu,
convictamente, cheguei à seguinte conclusão, Vereador João Antonio Dib:
investir em soluções emergenciais, tornar mais eficiente tanto o policiamento
efetivo quanto ostensivo, e, principalmente, acabar com a impunidade no Brasil,
porque as mudanças culturais vão exigir tempo e talvez não estejamos vivos para
poder ver seus resultados. Não precisamos pertencer à área jurídica para
percebermos o quanto essa legislação da impunidade é falha, injusta e capenga:
enquanto o preso tem todas as garantias do Estado, inclusive seu sustento que
sai dos altos tributos pagos pela população, famílias estão sendo despejadas ou
processadas pelo Governo, pelas taxas ou prestações que não puderam quitar em
razão do desemprego e baixos salários.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Ismael Heinen, acompanho
com muito interesse o pronunciamento de V. Exª, mas, para que algumas coisas
melhores aconteçam, precisamos melhorar a nossa legislação penal, senão vamos
ter os “papagaios” da vida sendo liberados depois de um determinado tempo para
o regime semi-aberto e fugir. E hoje os jornais dizem que ele é empresário.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exatamente,
seu aparte vem colaborar com o que estou tentando colocar na nossa tribuna.
Onde está a Reforma Judiciária tão urgente que o Governo
Lula ia fazer? Onde está? As leis têm sido aprovadas mediante os acordos de
Lideranças, que mais simbolizam troca de favores para garantir a
governabilidade, e cheio de Medidas Provisórias trancando a pauta do Congresso,
e o que menos importa é o interesse do povo. Tornou-se uma verdadeira falácia o
dito “democrático”. Democracia, eu aprendi, é um regime “do povo para o povo e
pelo povo”. O nosso Estado Democrático está se deteriorando; os nossos
governantes e políticos não governam para o povo, mas, sim, para o seu próprio
benefício, enquanto enchem seus bolsos de dinheiro tirado da população, através
de “mensalões” ou de cartões corporativos. Nós estamos entregues a uma
criminalidade e uma onda de descrença. Residências, bares, comércio, empresas, tudo
cercado, gradeado e monitorado por equipamentos eletrônicos de segurança.
Perdemos o direito à liberdade e à segurança de ir e vir sem medo para a nossa
casa, para o trabalho ou para o lazer; assistimos a assassinatos de crianças e
de idosos, assaltos à mão armada, mortes pelo simples roubo de um tênis de
marca; vemos marginais sem respeito a nada e a ninguém. A vida, Dr. Goulart, já
não tem mais valor, chegamos ao ápice da barbárie!
Afinal, de quem é a responsabilidade pelo País
neste nível de violência sem limites? A sociedade clama por segurança, aliás,
dever do Estado e um direito básico do cidadão que há muito lhe são negados.
Onde
está a prioridade de investimentos nas áreas da Saúde, da Educação, da
Segurança? Na Saúde, como eu acabei de dizer, há uma desaceleração: 16 para
11%; na Educação, de 8 para 6%; e na Segurança... necessidades básicas
prometidas pelo Governo Federal. Os
miseráveis índices aplicados na Segurança são agravados pela falta de repasse
da União - gorda em tributos – para os minguados Estados federativos. E mais,
segundo estimativas do Instituto de Brasileiro de Ciências Criminais, em dois
anos, meio milhão de brasileiros estará atrás das grades se levarmos em conta
as normas internacionais de Direitos Humanos. Teremos de construir um novo
presídio a cada 15 dias. Com a falta de estrutura das casas carcerárias e,
praticamente, pela inexistência de política de reintegração, os altos índices
de reincidência e retorno aos presídios alimentam uma fábrica que não pára de
produzir detentos e assassinatos. Sem o policiamento ostensivo, chego, hoje, à
conclusão de que, mesmo com um contingente bem treinado, suficiente para conter
essa criminalidade e que possua recursos tecnológicos e bélicos que superem os
equipamentos do crime organizado, estaremos fadados a continuar nesta
verdadeira guerra civil que empilha cadáveres com frieza e descaso. As vítimas
dessa guerra somos nós, mas principalmente aquela classe de baixa renda,
trabalhadores brasileiros que precisam dividir espaço com os próprios
marginais. As mortes dessa guerra chegam a 150.000 por ano e custam para a
União a metade do que o País gasta com a Saúde. Enquanto os nossos governantes
não cumprirem as promessas de campanha e não olharem de forma responsável para
essa violência social, investindo, tentando, pelo menos, minimizar essa
avalanche de violência que faz parte do nosso cotidiano, estaremos ameaçados a
sair de manhã para o trabalho e não retornarmos com vida. Enquanto não
atingirmos a cura dessa patologia, resta-nos o remédio que ameniza a seqüela:
medidas repressivas que inibam os rastros de violência e exterminem de nossas
vidas o medo e a insegurança que nos transformam em reféns de nós mesmos.
Caminhando pela cidade de Porto Alegre, meus
senhores, não se enxerga a polícia, não se enxerga o policial, não se enxerga o
brigadiano, como deveriam estar nos pontos de assaltos da nossa Cidade.
Sobre a Segurança, no jornal Zero Hora de hoje
consta um fato que eu acho de uma gravidade muito grande que está acontecendo
na nossa Capital do Estado do Rio Grande do Sul (Lê.): ”PM tira algema e solta
preso”. Há quinze dias, da mesma forma, um cidadão chamou a Brigada, ajudou a
prender o delinqüente, foram para a delegacia. Chegando lá, a Brigada deixou
esse cidadão com o suspeito sem ter feito a autuação e foram embora. E esse
detento saiu antes da delegacia do que o cidadão que estava sendo assaltado e
que ajudou a prendê-lo.
Ontem, novamente, um brigadiano, ao ser chamado por
um dono de um automóvel, prendeu o assaltante, levaram-no para a delegacia e,
chegando lá, Sr. Presidente, o brigadiano tirou a algema, jogou a prova fora,
no lixo, e foi embora. O que está
ocorrendo? Será que a população brasileira vai ter que aprender a fazer a
autuação e prenderem todos os criminosos? Isso está acontecendo aqui na nossa
Cidade. Alguma coisa de estranho, com certeza, está ocorrendo entre a Polícia
Civil e a Brigada Militar. Agora, quem fica a descoberto? A impunidade, os
assaltantes. Eu acho que nós precisamos ter uma resposta sobre o que está ocorrendo,
o seja, de prenderem e, no momento de autuarem, de fazer o flagrante, a Brigada
diz que isso não é responsabilidade dela, que é responsabilidade do cidadão
civil! Vejam a que ponto nós chegamos nessa impunidade, nessa margem de
insegurança que nós estamos vivendo! Da mesma forma, a impunidade, quem será
responsável por essa impunidade? Temos um Presidente da Republica há cinco anos
no Poder, com a maioria absoluta do Congresso Nacional, que prometeu, na sua
campanha, fazer a Reforma Judiciária e acabar com a impunidade. Ele não mexeu
em uma vírgula até agora, não fez nada até agora! Será que essa maioria que ele
tem é só para defender o seu Governo, os seus amigos?! Como está no jornal de
hoje, também, fidelidade premiada dessa corrupção, que é um problema sério
também, que faz com que a gente tenha descaso com o que é justo... Vem
novamente o dossiê à baila, aquele dossiê antigo de um milhão e 700 mil que até
hoje a nossa Polícia Federal não soube dizer de onde veio! A nossa
competentíssima Polícia Federal não pôde nos dizer de onde veio aquele um
milhão e 700 mil que estava em cima de uma mesa, prova latente. Agora surge um
outro dossiê incriminando uma outra Administração, um outro Governo, um outro
ex-Presidente, como “se lá tiver acontecido, eu posso fazer igual ou pior...”
Mas o que aconteceu? Os dois suspeitos de terem feito o dossiê... Um Auditor da
Polícia Federal, Suplente do Partido de Sua Excelência o Presidente da
Republica, como Vereador em Santo Ângelo, é nomeado como chefe da Equipe de Fiscalização
da Receita de Santo Ângelo - veio de Brasília para Santo Ângelo. E quanto à
dona Erenice Guerra, a qual estão querendo dizer que foi quem fez o dossiê, que
montou o dossiê, foi dado de presente para ela, nobre Vereador, fazer parte do Conselho
do BNDES, que lhe dá 3 mil e 500 reais a mais do que ela já estava ganhando
para ser Chefe de Gabinete da Casa Civil. Meus amigos, este é o nosso País,
lindo, maravilhoso, abençoado por Deus, mas essa política teima em andar na
contramão da história daqueles povos honestos que se orgulham do seu País. Mas
eu tenho esperança, Sr. Presidente, de que haveremos de chegar,
necessariamente, ao raiar do dia, lutando, fazendo desta tribuna, dos nossos
mandatos algo para dignificar esse vácuo legislativo. Hoje, o futuro Presidente
do Supremo Tribunal de Justiça denuncia a interferência do Poder Executivo no
Legislativo, proporcionando, através das Medidas Provisórias, um caos no
Judiciário e fazendo com que o Poder Executivo seja aquele que interfere nos
demais Poderes e diz que não admite que “metam o nariz” no seu Poder. Com essas
colocações neste Grande Expediente, agradeço a atenção de todos os que me
ouviram. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Agradeço,
Ver. Ismael Heinen.
O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.
O SR. ALDADIR OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores, público aqui presente, como também aqueles que nos acompanham
pelo Canal 16, sem dúvida, quero continuar com o assunto da Saúde, até porque
hoje é o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril de 2008. E nós temos muitos motivos
para falar em Saúde, seja para agradecer aos trabalhadores que estão fazendo a
sua parte, salvando vidas diariamente, seja como Vereadores, fiscalizadores dos
serviços públicos desta Cidade, que é o nosso compromisso. E nós, nos deparando
com a realidade de Porto Alegre, recentemente, percebemos que, de fato, há
muita coisa por fazer nesta Cidade. Nós poderemos falar, por exemplo, do Índice
de Infestação Predial, mais precisamente o chamado vetor mosquito da dengue,
que determina através dos agentes que trabalham com essa endemia os índices que
hoje estão em Porto Alegre. No ano passado, nós tínhamos em média um percentual
de 0,3%. Em janeiro deste ano, Ver. Dr. Goulart, foram acompanhados 81 bairros,
e, em 74 bairros, foi encontrado o chamado vetor da dengue. Veja, Ver. Antonio
João Dib, por bairro: a Região Leste de Porto Alegre tem o índice mais alto, o
bairro São José com 6,8%; em segundo lugar, o bairro Aparício Borges, Vila João
Pessoa com 5,8%; terceiro lugar, os bairros Bom Jesus e Jardim do Salso com
5,5%; quarto lugar, os bairros Três Figueiras, Vila Jardim, Chácara das Pedras
e Boa Vista com 3,5%; quinto lugar, os bairros Partenon, que envolve mais a
região do Santo Antonio, Nonoai e Teresópolis com 3,4%; sexto lugar, os bairros
Menino Deus, Santa Cecília, Santana, Praia de Belas, Azenha, Cidade Baixa com
2,8%. A necessidade de termos os agentes para combater a chamada endemia - o
vetor chamado mosquito aedes aegypti -, com 0,3% já é justificativa para
nós dizermos que é necessário combater o grande vetor mosquito aedes
aegypti. E nós percebemos que o Governo Municipal só foi se dar conta
depois de sair no noticiário de que o Rio de Janeiro passava por uma situação
de calamidade pública. Pois é deste Governo que nós estamos falando, que pode
até reformar alguma Unidade de Saúde, mas deixa no geral um grande ponto de
interrogação: até que ponto ele prioriza, de fato, a área da Saúde? A questão
do combate ao mosquito aedes aegypti ainda não foi explicada a esta
Casa, porque o Secretário
não disse quando começariam ou quando começaram a trabalhar os 300 agentes que
iriam combater essa epidemia, porque, pelas informações que nós temos até
então, que são somente pela imprensa, a equipe nova não iniciou - é o que teria
sido noticiado pela imprensa.
Continuando
na questão dos agentes, iria para os agentes comunitários de saúde. Ver. João
Antonio Dib, que está nos ouvindo, veja o que diz o Governo do Estado num
documento recente enviado ao Governo Municipal sobre os Agentes Comunitários:
“Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, 8 de fevereiro de 2008.
Amigo Agente: O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria
Estadual de Saúde, repassou, no dia 18 de dezembro, a todas as Prefeituras do
Estado do Rio Grande do Sul o valor de R$ 2.879.640,00. Esse valor corresponde
ao prêmio a ser pago aos Agentes Comunitários de Saúde pela melhoria dos
índices de saúde do Estado. Esse recurso é para ser repassado integralmente aos
Agentes Comunitários, no valor de R$ 380,00 por agente, e não deve ser
utilizado para outras finalidades.”
O
Governo do Estado recebeu esses recursos do Governo Federal e repassou ao
Governo Municipal de Porto Alegre, para que cada Agente Comunitário recebesse
R$ 380,00. Mas o Governo Municipal não repassou aos Agentes. O Governo Estadual
está dizendo que os índices só melhoraram por causa da assiduidade, do empenho,
da luta dos Agentes Comunitários de uma forma geral, e deu a eles um prêmio no
final do ano, como prevê o contrato dos Agentes Comunitários, de R$ 380,00,
como se fosse um 13º salário ou uma gratificação natalina. Pois até agora o Governo
Municipal, estamos no início de abril, não repassou o do ano retrasado e o do
ano passado! Como vamos confiar, meu nobre e querido Ver. Dr. Goulart, se o
Professor Eliseu ainda não repassou esse recurso? Então, nós queremos falar bem
da Saúde, mas nós queremos que os trabalhadores, no dia em que comemoramos o
Dia Mundial da Saúde, possam aqui cumprir com a sua obrigação. Não é justo que,
num momento tão oportuno, tão importante, no momento em que o trabalhador dá
sua parte, corresponde com a sua luta, tem direito a um prêmio, o Governo
Municipal não repasse esse prêmio aos agentes comunitários de Saúde. Isso, para
nós, é um descaso para com a Saúde, não é valorizar os trabalhadores da Saúde.
Há
pouco tempo, nós desafiamos os nobres Vereadores, para que pudessem nos
apresentar os recursos destinados do Governo Estadual e do Governo Municipal à
Saúde, para podermos comparar com os recursos que nós recebemos do Governo
Federal em 2007. E vejam os senhores e as senhoras, para o teto municipal da
média de alta complexidade ambulatorial hospitalar, o Governo Federal repassou,
em 2007, 459 milhões 31 mil 4 reais e 71 centavos. No total dos recursos
destinados aos diversos programas para o Governo Municipal, o Governo Federal
destinou 595 milhões 790 mil 456 reais e 32 centavos. Todo cidadão que quer
comprovar isso que estou falando pode entrar no site do Governo Federal,
www.fns.saude.gov.br, onde estão as informações sobre os recursos destinados do
Governo Federal para o Governo Municipal. Vamos somar esse montante que o
Governo Federal mandou, que pode ser insuficiente – eu acredito que é
insuficiente –, vamos comparar com os recursos destinados à Saúde do Governo
Municipal e nós vamos perceber que este investiu menos do que aquele. Se nós
formos verificar o que o Governo Estadual investiu em Saúde no Município de
Porto Alegre, é vergonhoso! É vergonhoso! Inúmeros programas que estavam sendo
inclusive já agendados para serem implementados no Município de Porto Alegre só
não foram feitos, Ver. Dr. Goulart – já lhe dou um aparte -, porque o Governo
do Estado não repassou esses recursos! Nós temos que, aqui, falar a verdade.
Nenhum deles pode se eximir de mandar o percentual que é devido: o Governo
Municipal, 15%; o Governo do Estado, 12%; e o Governo Federal, 10%. Ver. Dr.
Goulart, é essa unidade que nós temos que ter, temos que gritar em prol da
Saúde, para que todos eles possam cumprir o que está na Constituição e para ver
se não cabe uma enorme investigação.
O Sr. Dr. Goulart: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Excelência, pegando os dados que V. Exª traz, nos preocupa muito a
quantidade de dinheiro que entra para os cofres da Prefeitura. Vossa Excelência
falou em 480 milhões para a alta complexidade e 520 milhões fundo a fundo, para
todos os programas. Isso dá um bilhão de reais, Excelência. Se nós
considerarmos mais o Hospital Conceição - 618 milhões - e mais o Hospital de
Clínicas - 380 milhões -, só nessas quatro ações, Ver. Dib, são dois bilhões de
reais! Ou seja, um bilhão de dólares por ano! É muito. Nós temos que sentar e
estudar isso daí, Excelência.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Que bom, Dr. Goulart, Vossa Excelência
percebe que os recursos que vêm, ou que deixam de ser investidos, são realmente
volumosos. E aí nos perguntamos em que programas estão sendo investidos, se nós
percebemos que a comunidade de uma forma geral está se queixando, está
indignada, está dizendo para nós que está há dois anos esperando para marcar
uma cirurgia, para marcar um exame. E aí nós nos perguntamos se vale a pena nós
estarmos aqui, gritar neste microfone, sem eco, sem consonância, se o Poder
Executivo não viabiliza as mudanças necessárias, independente de que Governo
for. Isso nos deixa, realmente, a perguntar. Por exemplo, amanhã, a Comissão de
Saúde, Ver. Professor Garcia, tem uma audiência com os Agentes Comunitários
para discutir a possibilidade da urgência urgentíssima de um Projeto de Lei que
chegou a esta Casa, que trata da criação das vagas dos Agentes Comunitários. O
Governo, com o Projeto de Lei que mandou para esta Casa, criou um novo
departamento dentro da Comissão de Saúde, criando CCs, criando uma nova
modalidade que, a meu ver, não há necessidade. Nós temos que valorizar o quadro
profissional. Por que o quadro profissional não pode ser valorizado para fazer
o gerenciamento do programa? O Governo Municipal mandou esse Projeto – acredito
que não pode acontecer isso – transferindo todos eles, independente de médicos,
de enfermeiros, de agentes comunitários, para celetistas, sabendo que aos
agentes comunitários, por uma Emenda Constitucional, eles garantem a absorção
do Poder Público para este programa. Isso nos deixa indignados, como por
exemplo, determinar a idade. Mas o que é isso? Nós conversamos que não pode
determinar a idade. Pois o Governo teve a coragem de dizer que é até 40, 45
anos. Mas isso é um absurdo! Será que nós, depois dos 45 anos, já estamos
descartados?
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Meu
caro Ver. Oliboni, neste País, foi criada a CPMF para a Saúde. Se o Governo
tivesse repassado esse valor para a Saúde, nós não estaríamos enfrentando esta
tragédia que estamos enfrentando na área da Saúde. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
Apregoamos
a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, ao Substitutivo nº
01 do PLL nº 037/06, que disciplina a utilização das caçambas estacionadas nas
vias públicas municipais, determina penalidades pelo não-cumprimento do
disposto nesta Lei, revoga as Leis nº 7.969, de 21 de janeiro de 1997; nº
8.401, de 9 de dezembro de 1999; e nº 9.080, de 9 de janeiro de 2003, e dá
outras providências.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio
Sebenelo; na quinta-feira passada, Porto Alegre e o Rio Grande do Sul tiveram a
honra de receber o Presidente Lula na nossa Cidade, no nosso Estado, um
Presidente que traz um fato inédito à História do Brasil, porque está com mais
de 73% de aprovação pessoal. Essa aprovação nas pesquisas pôde ser conferida
por quem esteve lá no bairro Sarandi, pelo brilho dos olhos, pelo entusiasmo
das pessoas que lá compareceram. O Presidente veio com uma equipe de Ministros
dar início às obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento -, em plena
praça pública, em local aberto. O Presidente Lula sabe que, se ele trabalhasse
com medidas isoladas no setor da infra-estrutura, geralmente essas medidas se
perdem como uma bolha d’água e não ajudam na mudança de vida, na qualidade de
vida das pessoas. O PAC veio e já começa a modificar o ambiente urbano no
Brasil, oferece condições de vida digna de ser vivida, de ser almejada. Aqui em
Porto Alegre fará a remoção e dará condições de vida às pessoas que moram,
hoje, depois de tanto tempo, nas Vilas Dique e Nazaré. Quando o Ver. Todeschini
era o Presidente da CEDECONDH, muitas vezes recebemos esses companheiros, essas
companheiras que não tinham Saúde, não tinham água, não tinham casa, não tinham
nada. Agora, finalmente, essa esperança será realizada, através do saneamento,
água e luz, recuperação de rodovias no Estado, medidas globais que se articulam
e que se complementam – essa é a verdadeira transversalidade. São 681 milhões
de reais, mais de 670 mil famílias beneficiadas pelo PAC. O PAC confere, além
de essas condições de infra-estrutura, a facilitação do acesso à educação, à
arte, à cultura, ao esporte, ao lazer, à informática. Aí vem a auto-estima e
vem a consciência social. Também o Ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou
uma série de programas de bolsas de estudos, programas de capacitação dos
soldados da Brigada Militar, e a população gritava: “Eles merecem, eles
merecem!”, porque, na verdade, merecem condições materiais para cumprimento das
suas funções. Tenho certeza de que, quando o Ver. Ismael se queixou dos
seguranças, ele estava fazendo uma queixa para a sua Governadora, não poderia
ser para o Governo Lula. Nós também presenciamos a Srª Dileta Todeschini, uma
velha lutadora, velha guerreira desta Cidade, que lá representava a comunidade
do Sarandi, mas que representa todas as comunidades da cidade de Porto Alegre,
que foi escolada no Orçamento Participativo, que olha nos olhos de todos os
governantes, não importa se é Prefeito, se é Governadora, se é o Presidente, e,
como disse o jornal, não se intimidou com as autoridades e disse que a
comunidade iria fiscalizar esses Programas. Ela apontou programas, como o Bolsa
Família, como fundamentais, por uma razão óbvia, disse ela: “Porque as pessoas
têm condição de tomar café da manhã, almoçar e jantar”. O Presidente veio
acompanhado de vários Ministros, como Dilma Rousseff, Tarso Genro, Nelson
Jobim, Márcio Fortes – um bom Ministro, do seu Partido, Ver. João Antonio Dib,
do PP, mas não havia nenhum Vereador do PP para recepcionar o Ministro Márcio
Fortes lá, para prestigiá-lo. O que incomoda alguns é que está acabando,
definitivamente, Ver. Todeschini, o “coronelismo” no Brasil, e alguns se incomodam
muito com isso.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver. Claudio
Sebenelo, na presidência dos trabalhos; Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores, hoje foi o meu dia de anotar pérolas maravilhosas dos meus
queridos amigos Adeli Sell e Aldacir Oliboni, nobres Vereadores; o primeiro
disse que muitas coisas que deveriam ser melhoradas não foram; o segundo disse
que investir o que é constitucional é dever de Estado. Nós vamos fazer o exame
dessas duas afirmativas. Se muitas coisas deveriam ser melhoradas, é porque não
estavam boas. Um vendaval destrói, em alguns segundos, o que leva anos para ser
recuperado, agora, imaginem 16 anos consecutivos com vários vendavais, um atrás
do outro. Agora investir o que é constitucional, Ver. Oliboni, é o que o Sr.
Lula não faz, ele não faz a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e
também não faz o mínimo que determina a Constituição, por meio de lei
complementar, para que seja aplicada na Saúde, não investiu nem quando cobrava
a CPMF. Falou em mutirão, falou em cirurgia represada, foi necessário mutirão
para resolver o vendaval de cirurgias que estavam represadas, mais de um
mutirão, e alguma coisa está melhor, não está boa, não está perfeita, mas está
melhor.
A Lei Orgânica do Município determina que 13% do
Orçamento seja utilizado na Saúde. Agora eles não fizeram vendaval na Saúde,
eles usavam mais do que 13%, e vamos ser honestos, o Prefeito Fogaça também
está usando 18% ou 19% do seu Orçamento. O Prefeito Fogaça encontrou um
vendaval nas finanças. No dia 30 de setembro de 2004, este Vereador que
acompanha, com muito rigor, toda a execução orçamentária, verificava que a
Administração petista tinha 100 milhões de reais em CDBs, e, no dia 31 de
dezembro, não tinha mais nada e devia 175 milhões de reais. Os postos de saúde
da Vila dos Comerciários e
da Vila dos Industriários estavam em petição de miséria, muitas reclamações
trazidas. Claro que o vendaval destrói, e não se constrói em uma mesma hora,
não é no mesmo tempo do vendaval.
Eu
já estou cansado. Eu já não acredito que os Vereadores do PT vão à tribuna
dizer que o Estado deve para a Prefeitura. Agora são 40 milhões de reais, não
são mais 30 milhões de reais. A Governadora Yeda não deve esses 30 milhões de
reais. A Justiça do Rio Grande do Sul condenou o Sr. Olívio Dutra e o meu amigo
Germano Antônio Rigotto a pagarem os 30 milhões de reais, só que o Estado não
tinha. Agora eles querem cobrar da Governadora tudo na mesma hora! Eles tinham
que ser mais sérios. O vendaval aconteceu e não pôde ser recuperado ainda. Ou
quem sabe acham que, depois do tsunami, lá na Indonésia, já está tudo
recuperado? Olha, faz anos, e não recuperaram ainda!
Passou
vendaval em cima de vendaval, e querem que o Prefeito Fogaça, em três anos,
três meses e uma semana, resolva os vendavais que ocorreram ao longo de 16
anos! Não, acho que eles não estão falando com seriedade.
Agora,
o Prefeito Fogaça tem culpa do aedes egyptus, mas, se o Governo Federal,
que tem obrigação condicional de distribuir recursos, diminui os recursos para
a Prefeitura de Porto Alegre... E ninguém me diga o contrário, porque números
são números, e, em cima dos números, não dá pra mentir. Foram 307 milhões de
reais no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, e, até 2007, nenhuma
vez o Presidente Lula atingiu esse valor; em 2007, sim, ele chegou a 325
milhões de reais. Mas, se eu corrigir os 307 milhões de reais de Fernando
Henrique Cardoso, é muito mais dinheiro do que os 325 milhões de reais do
Inácio Lula da Silva, muito mais! Ele não corrigiu, apenas retirou o dinheiro
do Município de Porto Alegre. É verdade que na saída, ao apagar das luzes, no
dia 26 ou 27 de dezembro, o Prefeito João Verle - meu amigo, gosto dele, boa
pessoa - assinou um documento dando a maior parte daquele parcela grande de
trinta e poucos milhões de reais que chegou no Município para o Hospital de
Clínicas e o Grupo Hospitalar Conceição. Isso foi um vendaval na Saúde do
Município, que está sendo corrigido. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Ver. João Antonio Dib.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Ver.
Ervino Besson, demais Vereadores, hoje festejamos o Dia Mundial da Saúde, essa
saúde tão vilipendiada e, ao mesmo tempo, demonstrando à humanidade que está
aumentando a longevidade do ser humano, que muitas moléstias desapareceram. Por
exemplo, nós festejamos por termos nos consagrado campeões mundiais de futebol;
mas, quando nós erradicamos a varíola e recebemos da Organização Mundial de
Saúde, da ONU, um diploma comemorando esse fato, registrando para história da humanidade
a erradicação da varíola e da poliomielite, não houve uma festa, não houve
nada, porque, em saúde, é assim: não tendo, está bem.
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: É,
somos obrigados. E eu me lembro muito, no Dia da Saúde, de uma figura
maravilhosa da nossa história, que foi o Oswaldo Cruz.
Vejam
o que acontece em Porto Alegre: quando o Hospital de Pronto Socorro anunciou
que sua UTI seria fechada, certamente houve um pânico na Cidade, até saberem
que 15 hospitais da Cidade tinham registrado e fechado suas UTIs, Ver.
Maurício. E todas as publicações especializadas na área da Infectologia, no
mundo inteiro, registram exatamente esse fato como sendo um fato mundial.
Para
quem precisar - e eu me disponho a isso - de qualquer literatura nessa área, eu
posso ceder cópias de artigos, com credibilidade e com rigor acadêmico, pelo
menos isentando as autoridades - não da responsabilidade, é evidente, mas da
acusação política. E essa é tragédia pior do que a própria praga: a da
responsabilidade política.
Sim,
nós temos um problema lá no Hospital Conceição, sim, e esses problemas estão
ligados à gestão. A terceirização prejudicou a higiene do GHC. Existem ratos,
Verª Margarete Moraes - por quem tenho profundo apreço e respeito, e atento sou
a todos os seus pronunciamentos pela qualidade deles; existem “baratas
estaduais, federais e municipais”.
Lá
no Rio de Janeiro e no Interior de São Paulo, eles estão com problemas de
doenças, de leptospirose, causada pela presença excessiva de ratos; a urina do
rato é o vetor da leptospirose.
Muitas
vezes é difícil, inclusive, à Saúde Pública, o controle das populações de
animais que causam zoonoses, e uma delas é a leptospirose. A leishmaniose, que
tem como vetor a mosca, e a dengue, tendo como vetor o mosquito, são
dificílimas de combater; no entanto, ninguém diz que foi contingenciada a verba
para a dengue! E, exatamente, os agentes que deveriam trabalhar no Rio de
Janeiro não trabalharam. E, agora, tem que se mandar médicos para lá. E o Rio
Grande do Sul faz muito bem em mandar pediatras para lá, adequadamente, porque
raramente vai-se ter um novo surto de dengue. E o aprendizado, o socorro que
isso dá, e a condição de solidariedade são fantásticos esse nível, em todo o
País.
Por
isso acho que somos todos culpados: Governo Federal, Governo Estadual e Governo
Municipal. Todos eles têm de, juntos, enfrentar e não ficarem procurando quem
politicamente fez mais ou fez menos.
Quando
éramos Vereadores, pedimos uma CPI para a Saúde pela ausência de rede básica,
e, desgraçadamente, o Judiciário sentou em cima. E o Partido dos Trabalhadores
saiu ileso, com a conivência e com a profunda mediocridade de seus Secretários.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado,
Ver. Claudio Sebenelo.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. RAUL: Exmo
Sr. Ver. Ervino, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, aqueles que nos assistem, a minha primeira colocação é no
sentido de falar sobre algumas iniciativas, que eu acredito de extrema
importância, do nosso Governo Municipal.
Também
já saudando o Dia Mundial da Saúde, informo que hoje se instalou uma Ouvidoria
da Saúde na nossa Cidade. Na realidade, é a nona Capital que instalou a
Ouvidoria. Por quê? Essa é uma iniciativa que vem do Ministério para que os
Municípios tenham as suas Ouvidorias, para fazerem com que a informação e o
atendimento às demandas da comunidade sejam facilitados. Pelo telefone 156, já
existe, a partir de hoje, um grupo que está na Secretaria da Saúde prestando
essas informações. Podem comparecer à Ouvidoria, pessoalmente, ou se comunicar
através do número 156, pela Internet ou mesmo por carta, para qualificar o
nosso Sistema de Saúde.
Também
tivemos a possibilidade de, neste final de semana, visitar o lago Guaíba
juntamente com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, onde achamos muitas
características diferenciadas da nossa própria água, do assoreamento, dos
dejetos, enfim, aprendemos muito, inclusive com a visita que foi muito qualificada,
e achamos que, realmente, o nosso lago Guaíba tem que ter uma visão muito maior
por parte de toda a sociedade, porque os nossos mananciais hídricos têm que ser
preservados. Na realidade, nós somos seres compostos de 80% de líquido, então a
água é o nosso fundamento maior.
Gostaria
também de ressaltar - também estive ali presente - o Baile da Cidade, o grande
sucesso deste ano que foi o Baile da Cidade, com mais de 30 mil pessoas na
Redenção, o pessoal se divertindo, enfim, fazendo uma coisa positiva, trazendo
uma aura de bem-estar para a sociedade. Foi um sucesso muito grande o Baile da
Cidade, realizado no sábado, na Redenção.
Gostaria
também de dizer da minha felicidade de ter estado na semana passada naquele
evento, que, infelizmente, se transformou num comício - que eu acho que não
seria bem o caso -, que foi a vinda do nosso Presidente da República ao Estado,
quando foram liberadas verbas relevantes - um empréstimo relevante - para as
obras do PAC, tanto de Porto Alegre como de outras cidades ali representadas, e
que, dentro de um processo que deveria ser institucional, na realidade, nós
estivemos lá presentes num grande comício político. Não tirando o mérito das
pessoas que fazem política, mas aquele tipo de situação seria uma situação muito
mais para aproximar o Estado, o Município e a Federação, para que as coisas,
através da união entre os órgãos públicos, entre os entes políticos federados
para que o País cresça, para que o País melhore. Porque, na realidade, aquele
dinheiro que foi liberado lá pela Caixa é um dinheiro que, todo ele, vai ser
pago - rigorosamente pago - pelo Município.
Aquelas
vaias que lá ocorreram para o Prefeito Fogaça, em pequena quantidade é verdade,
para Governadora Yeda Crusius em grande quantidade, nada somam ao processo
democrático no qual estamos envolvidos. Eu só gostaria de registrar isso,
porque eu vejo na política uma maneira de prestigiar o bem-estar da comunidade;
e o bem-estar social só é possível quando, nos grandes processos, nas grandes
uniões que devem ser feitas, os Partidos também se unem para que as coisas
aconteçam. E sabemos que com essa discórdia não se resolve nada, nós não
chegamos onde nós queremos. Na realidade, achei muito boa a vinda do Presidente
Lula ao Estado, a liberação das verbas, só faço essa ressalva, porque acredito
que não tenha sido a melhor maneira de as autoridades ali serem recebidas como
tal. E a campanha política daqui a pouco está aí, daqui a pouco está posta,
tudo bem, cada um de nós tem os seus ideais, os seus Partidos, mas acho que não
é daquela maneira que as coisas deveriam ter sido levadas. Saúde para todos!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Muito
obrigado Ver. Dr. Raul.
O
Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação de líder.
(O
Ver. Claudio Sebenelo reassume a presidência dos trabalhos.)
Caros amigos, Vereadoras e Vereadores, essa sindicância conclui o seguinte:
não confirma nenhuma das 12 hipóteses configuradas pelo conjunto de denúncias
apresentadas. Então, meus amigos, nós estamos, mais uma vez, diante de um
documento realizado por uma comissão, e aqui estão os nomes dos integrantes
desta comissão: Presidente da comissão Nelson Molina Perez; Carolina Fratin
Kreling Valerio; Gardênia Drago Alves; Alexandre Dionello e Eliane de Araújo
Meleti. Também concluiu, essa sindicância, que ficou constatado o grande
prejuízo ao objetivo da imagem causada ao ProJovem, à Instituição, aos
educadores e, principalmente, aos jovens que, por desestímulo, insegurança ou
desencanto, abandonaram o Programa, desperdiçando uma oportunidade concreta de
aprimorarem o seu desenvolvimento pessoal e melhorarem a sua condição de vida.
Houve uma baixa, de novembro de 2007 a janeiro de 2008, de 50% dos alunos que
integravam o ProJovem.
Então,
meus caros Vereadores e Vereadoras, o que se pede desta tribuna é a justiça!
Que aqueles que vieram a esta tribuna, fizeram suas acusações e as suas
denúncias, venham aqui e reconheçam aquilo que o MEC já fez. E, agora, essa
sindicância apontando que houve, sim, algumas falhas que devem ser corrigidas,
mas que, novamente, não há nenhuma irregularidade merecedora de registro. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Mauro Zacher.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres colegas Vereadores e Vereadoras; na semana passada, nós
fizemos uma homenagem ao Diretor Comandante do Colégio Militar de Porto Alegre,
uma justa homenagem ao Coronel Fernando Vasconcellos Pereira que, no dia 31,
foi promovido a General de Brigada. No dia 3, saíram as notas do ENEM, do
Ensino Médio, e já não é surpresa; nós temos que trazer aqui, Ver. João Antonio
Dib, o acerto daquela homenagem, desse Comandante que trouxe novamente o
Colégio Militar num destaque como primeiro lugar dos colégios públicos do
Estado do Rio Grande do Sul e segundo melhor colégio do Estado do Rio Grande do
Sul, englobando também os colégios privados de Porto Alegre. Logicamente que a
Bancada do Democratas, eu acredito também que a Câmara de Vereadores,
parabeniza, parabenizamos o Colégio Militar, parabenizamos a sua diretoria, o
comando, a diretoria, da mesma forma parabenizamos os professores, os
funcionários, os associados do Casarão da Várzea - que é uma instituição que
está dentro do Colégio Militar para ajudar a desenvolver o ensino dos alunos do
Colégio Militar -, a acuidade dos pais dos estudantes do Colégio Militar e,
principalmente, os estudantes do Colégio Militar, Ver. Luiz Braz. Vejam a
peculiaridade: no Brasil, o Colégio Militar possui 125 alunos do terceiro ano
do Ensino Médio; desses 125 alunos, 90 foram se inscrever para fazer o ENEM. Em
contrapartida, considerando uma escola privada da nossa Cidade, primeira
colocada, colocou 10 alunos para fazer a prova. Vamos imaginar que o Colégio
Militar tivesse escolhido os dez alunos de melhor nota para fazer o ENEM, com certeza
ultrapassaria em muito os outros educandários. Como diz uma reportagem do
jornal Zero Hora: será 20%, 10% simboliza o grau médio daquela instituição? No
Rio Grande do Sul, apenas três educandários tiveram mais de 50% de alunos
inscritos do terceiro ano. O Colégio Militar teve 80% inscritos; e, dos que
tiveram mais de 50%, o Colégio Militar foi o que mais se destacou. O que vimos
trazer para falarmos sobre o Colégio Militar, reportando-nos à Educação,
tão necessária para o nosso País, para a nossa sociedade, para o futuro dos
nossos filhos, gostaríamos que tivesse, não só no Rio Grande do Sul, mas no
Brasil, um índice bem melhor de Educação. E nós trazemos aqui os colégios
campeões do Estado do Rio Grande do Sul, na certeza de eles possam progredir mais
e mais, e os outros seguirem o seu exemplo.
No
Rio Grande do Sul, no ensino público, o Colégio Militar de Porto Alegre foi o
primeiro colocado; em segundo lugar ficou o Colégio Militar de Santa Maria. No
ensino privado, destacou-se o Colégio João Paulo I, de Porto Alegre. Isso
demonstra a eficiência do ensino, a dedicação dos professores e da direção.
Para
quem não sabe, o Colégio Militar está totalmente informatizado, com horário
quase integral. O extracurricular, à tarde, ocupa praticamente 80% das horas
disponíveis dos alunos do Colégio Militar. E podemos ver que todos os colégios
que fazem com que o aluno tenha auto-estima, tenha vontade de freqüentar as
aulas e principalmente que tenha ordem e disciplina são os colégios que
despontam hoje no ensino brasileiro. E isso não é só bom para o ensino, ele faz
com que tenha um bom ensino, mas também forja cidadãos com uma convicção mais
firme, mais clara, tão necessária nos dias de hoje, com tanta falta de ética,
de moral e de honestidade. Parabéns, em nome do Democratas, ao Colégio Militar
e a todos os colégios que se estão sobressaindo nas avaliações do ENEM. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. José Ismael Heinen.
O
Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Ver. Dr. Goulart, Líder da
minha Bancada, é com muito prazer que retorno a esta Casa, muito em função
daquilo que Porto Alegre nos conferiu. O título de Vereador é algo que orgulha
e, ao mesmo tempo, traz-nos tamanhas preocupações na defesa e construção da
nossa Cidade, sobretudo para uma Cidade melhor para se conviver, se viver, e
investir naquilo que mais queremos para a nossa população. Tenho acompanhado
muito de perto, Ver. Professor Garcia, as relações da nossa base de Governo,
aqui na Câmara de Vereadores, porque aqui, nos meus primeiros quinze meses,
pude estabelecer o diálogo com a Cidade, e o hábito, por meio da Internet,
fez com que permanentemente assistisse às Sessões num turno junto à Secretaria
Municipal de Obras e Viação, turno que desempenhei, nos últimos dois anos, com
tamanho aprendizado oferecido pelas relações que na Prefeitura constituímos. Na
verdade, faço hoje aqui uma constatação daquilo que recentemente foi-me
perguntado; fui inquirido por um jornalista: “Quais foram as obras mais
importantes da Cidade?” Naquela ocasião, poderia ter dito: a obra do Conduto
Forçado Álvaro Chaves, o Viaduto Leonel Brizola, o Programa Porto Alegre Mais
Luz. Mas aquilo que aprendemos, Ver. Garcia, foi justamente que a obra mais
importante que estamos constituindo é o diálogo permanente com a comunidade,
diálogo este, Ver. Beto, ex-Secretário Municipal da SMAM, que até a última sexta-feira,
assim como o ex-Secretário João Bosco Vaz, favoreceu a nossa participação e o
nosso conhecimento da Cidade, seja por meio do Orçamento Participativo ou das
ações de Governança. E a obra mais importante que travamos com esta Cidade foi
o diálogo! Os diversos Secretários Municipais, a relação que estabelecemos um
com o outro, as disciplinas comuns, como no caso, Vereadores Brasinha e Dr.
Goulart, que acompanharam o lançamento da reforma dos 40 postos de saúde; como
o caso, na Secretaria Municipal de Educação, quando construímos, e ao final
desta gestão entregaremos, 27 creches comunitárias, duas escolas de educação
municipal infantil. São esses os maiores regalos à população. A forma com que a
gente estabelece, Ver. Sebenelo, o diálogo, é a forma com que se prima o
sucesso de uma gestão.
Quero compartilhar, aqui desta tribuna, no meu
retorno à Câmara, somar o aprendizado que tive junto à nossa Liderança de
Governo, sobretudo desempenhando um papel aqui que é o de mostrar aquilo que
mais fez diferença no dia-a-dia da Cidade. Talvez os problemas de comunicação
que por ora tivemos não serão maiores do que o resultado prático das nossas
obras nas vilas; a mãe que consegue uma oportunidade numa creche; a pessoa e o
médico que conseguem, hoje, ter fiscalização biométrica nos postos de saúde,
para que o cumprimento do horário seja devido; a educação, que teve um papel
fundamental na vida de nosso cidadão e que, sobretudo, amplia as suas ações. Ou
então, Ver. Beto, nossos projetos com as praças da Cidade, iluminando mais de
116 praças nesta Capital, fazendo com que a praça seja um espaço de convívio da
comunidade, e que a iluminação faça, verdadeiramente, segurança pública, que
não é uma competência imediata do Município, mas que ainda assim pode ser
trabalhada pela nossa Prefeitura.
São exemplos como estes que fazem com que
investimentos possam ser retomados pela Prefeitura. E cito aqui alguns como
Porto Alegre Mais Luz, que, sim, precisará ter iluminação pública da Cidade;
aprovará, ao término deste Programa, uma redução de 35% no custeio da
iluminação pública. Ou seja, 500 mil reais/mês, Ver. João Antonio Dib, serão
reinvestidos em iluminação.
Não fosse somente isso, a urbanização de três
bairros importantes da Cidade, Humaitá, Anchieta e Navegantes, com o Viaduto
Leonel Brizola. Irrigar a nossa Cidade, favorecer a troca de experiência, fez
com que o meu retorno a esta Casa pudesse oferecer um pouco do meu aprendizado
nesta Legislatura, junto ao Prefeito Fogaça nesses últimos dois anos, e pedir
aqui à Bancada trabalhista, ao Ver. Nilo, ao Ver. Humberto Goulart, ao Ver.
Brasinha, à Verª Maria Luiza, ao Ver. Almerindo e ao Ver. Elói, que possam,
cada vez mais, orientar-me sobre os novos trâmites desta Casa, porque retorno
hoje ao meu mandato, sobretudo, para defender a cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero iniciar um
diálogo mais profícuo com os Secretários que estão chegando, para continuarmos
o diálogo, porque, certamente, as Pastas que lá ficaram, acredito que devem ser
dos seus Partidos. Então com a proximidade, como Legisladores, poderão nos
auxiliar melhor.
Quero iniciar, Ver. Maurício, com a história da
Praça Roseli Antunes, na Vila Santa Helena, parada 12, Lomba do Pinheiro. Há um
ano, mandamos um ofício tanto para V. Exª como ao Secretário Beto Moesch, pois
estávamos com problemas na praça. Tivemos um retorno do problema da iluminação,
dizendo que, por ser uma praça com alto índice de vandalismo, ali não seria
mais recolocada a iluminação. Nós retornamos à Secretaria para dizer que, se
existe um alto índice de vandalismo, nós temos que fazer uma parceria com as
outras Secretarias e com a Associação dos Moradores.
Eu não sei se interessa a V. Exª, Ver. Maurício? Eu
queria dialogar com V. Exª, obrigada.
A sugestão da Associação e desta Parlamentar é de
que fizéssemos um trabalho com as outras Secretarias afins, já que o problema
lá era seriíssimo, dito pela resposta assinada pelo Secretário. Há seis meses,
tivemos outro retorno de que seríamos contemplados com a iluminação a qual
estamos aguardando até agora e também sobre a questão de um trabalho com aquela
comunidade, já que havia problemas de drogadição, de concentração.
Por outro lado, o Secretário Beto Moesch tomou
providências, pois lá havia uma parede em pé que foi demolida, porque havia
problemas; então, em relação a essa questão pontual, o Secretário Beto Moesch
cumpriu com sua parte. Mas ainda estamos aguardando, Secretário - acho que V.
Exª pode nos ajudar melhor agora -, a questão dos brinquedos de eucaliptos que
lá seriam colocados, já que não entraram no Orçamento Participativo, não haveria
grandes demandas, e a questão da cancha.
Vejam, senhoras e senhores, como os Secretários
estão retornando hoje, não é dia de brigarmos muito, vamos aguardar o retorno
até do que está sendo colocado aqui. Outro detalhe que muito nos assustou é que
nos centros administrativos nos era orientado que mesmo a capa asfática, não
sendo uma obra de investimento, deveríamos encaminhá-la pelo OP. O que é que
está acontecendo agora? Justamente as ruas que nós estamos encaminhando pelo OP
não estão saindo nenhuma, mas a que vem orientada pela assessoria comunitária
da SMOV, com abaixo-assinado, acontece. Vou lhe dar um exemplo: Rua Porto
Alegre – não é nada contra essa rua, quero mandar as notas taquigráficas,
depois, para eles – foi capeada, e as outras que estavam na lista não saíram.
Então nós queremos uma orientação correta, que deve ser da sua assessoria
técnica, para que o pessoal não encaminhe, inclusive, no OP, agora, se não é
este o critério, tem outras ruas, tem a Rua Carol, que foi orientada para fazer
o abaixo-assinado e não saiu, e várias outras. Então nós queremos uma
orientação segura. É no OP que nós temos de colocar? Ou vai depender da reunião
que é feita lá com a assessoria comunitária – que este é um ano eleitoral – e
aí vai ser hierarquizado? Apenas isso, nós queremos uma orientação,
independente do que as pessoas queiram votar, Ver. Claudio Sebenelo, nós
queremos uma orientação correta, porque está vindo o OP, agora, e as pessoas
estão completamente perdidas, elas sabem que, na questão de investimento é de
uma forma, agora, na questão das capas asfálticas não tem tido critério,
conforme a orientação. Então aguardarei tranqüilamente a resposta de V. Exª e,
depois, vamos ver “se é amizade ou é namoro”. Vamos continuar na luta. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº 012/08 – (Proc. Nº 1313/08 – Ver. João Carlos Nedel) – requer que o período de Comunicações, no dia 17 de abril de 2008, seja destinado a assinalar o transcurso do Dia do Exército Nacional. (incluído em 10-03-08)
REQ. Nº 019/08 – (Proc. Nº 2000/08 – Ver. Dr. Raul) – requer seja o período de Comunicações do dia 24.04.08, destinado a assinalar o transcurso do 64º aniversário do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre - HPS. (incluído em 02-04-08)
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº
1680/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que altera o inc. II do § 2º do
art. 188 da Resolução nº 1.178, 16 de julho de 1992, que aprova o Regimento da
Câmara Municipal de Porto Alegre, e alterações posteriores, incluindo,
independentemente de requerimento, a convocação de Sessão Solene na terça-feira
da Semana de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão
geral nos termos do art. 126, §1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 01-10-07.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação, em bloco, os Requerimentos
n.º 012/08 e n.º 019/08. (Pausa.) Não há quem queria encaminhar a votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
discussão o PR nº 040/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir o PR nº 040/07.
O
SR. ADELI SELL: Vereador
Sebenelo, como eu vinha dizendo aqui, anti-regimentalmente, e me desculpando
já, a Câmara de Vereadores, o Parlamento é exatamente para parlar,
conversar, discutir, trocar idéias, e temos algumas dúvidas. Conversando com o
meu colega de Bancada, Ver. Guilherme Barbosa, e com a Verª Margarete Moraes,
nossa Líder, queria apresentar algumas questões. Nós temos um conjunto de
práticas na Cidade e são feitas, todo ano, atividades na Semana de Porto
Alegre. A minha questão é a seguinte: não seria mais importante para a Cidade,
Ver. Heinen, nós debatermos a questão do futuro de Porto Alegre, já que nós
queremos, a Mesa Diretora decidiu, e nós estamos encaminhando, Ver. Braz,
algumas questões de pensamento sobre o futuro da Cidade? Não é mais importante
fazer o resgate histórico, Ver. Dib, no museu, com visitação, com mostras de
fotografias, por exemplo, da Porto Alegre antiga, aqui, na Câmara de
Vereadores. A Sessão Solene, como hoje estruturada, não seria o discurso do
proponente ou de alguém representante da Mesa por trinta minutos mais os
apartes? Então, são perguntas que eu coloco não para me opor, Ver. Heinen, mas
para dialogar sobre o tema.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, quero
cumprimentar V. Exª pela preocupação que tem com o futuro de Porto Alegre, que
não é de hoje, é permanente. Mas eu quero dizer a V. Exª que nós lembramos o
passado, vivemos o presente e projetamos o futuro. Nada mais justo do que, no
dia em que se comemora o aniversário da Cidade se fale no seu futuro,
examinando seu passado e o nosso presente. Acho que esta Sessão é realmente
importante, e este ano nós não fizemos.
O
SR. ADELI SELL: Será
feito assim, será decidido assim, serão esses os mecanismos que nós
empregaremos? Porque eu sou o primeiro a louvar esta Cidade encantadora que me
acolheu aqui em 1972 – quando vim aqui morar -, que acolheu muitos dos
Vereadores que estão aqui, que são de outras cidades do Interior do Estado, de
outros Estados da Federação. Porto Alegre é uma cidade acolhedora! Nós, Ver.
Bernardino, da Grande Iraí, como V. Exª gosta de dizer, sabemos o quanto isso é
importante para quem não é nativo, para quem não nasceu aqui.
Além
disso, o Ver. Heinen propõe também, ao mesmo tempo, uma Sessão para o 7 de
Setembro, para comemorar a Semana da Pátria. Não serão homenagens demais,
novamente? Não estaremos reintroduzindo, com este Projeto, aquilo que era uma
crítica constante desta Casa com relação a muitas e muitas homenagens? A Semana
da Pátria é importante, mas importante, Verª Maria Luiza, foi o debate sobre o
seu Projeto da segurança bancária para a segurança do cidadão e, na semana
passada, a discussão, as matérias dos jornais sobre essa questão. Então, Ver.
Heinen, eu quero debater, quero dialogar, o senhor vai falar, não tem problema,
posso até depois fazer um aparte.
Então,
Ver. Todeschini, Vereadores e Vereadoras, nós queremos discutir aquilo que é a
melhor funcionalidade da Câmara Municipal. Parece-nos que devemos ter alguns
tempos, alguns momentos de debates. No momento em que nós começamos a valorizar
as Comissões da Casa, quando nós começamos a discutir, Ver. Guilherme Barbosa,
na sua Comissão, neste ano, com determinação, o problema da telefonia, o
problema da picaretagem da TV paga, parece-me que nós estamos fazendo um grande
bem para os moradores desta Cidade. Homenagem é importante, mas desobstruir os
canais de comunicação do povo com a sociedade, com os Governos, com as empresas,
que muitas vezes maltratam o consumidor, como é o caso da telefonia, parece-me
que esses são temas que deveriam exigir mais tempo, mais ousadia, mais
combatividade da nossa parte. Por isso eu estou aqui iniciando um debate que
espero que continue nesta tarde, porque o Parlamento é exatamente a casa do
debate, do diálogo, Ver. João Bosco Vaz. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Adeli.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir o PR nº 040/07.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Presidente,
Ver. Claudio Sebenelo; Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste; o Ver.
José Ismael altera o inciso II do art. 188 da Resolução nº 1.178, de julho de
1992, que aprova o Regimento e alterações posteriores, incluindo,
independentemente de Requerimento, a convocação de Sessão Solene na terça-feira
da Semana de Porto Alegre.
Antes
de eu sair da Presidência, nós fizemos uma Comissão nesta Casa, da qual eu
lembro que o Ver. Sebastião Melo fazia parte, e nós decidimos diminuir
consideravelmente as homenagens nesta Casa. E foram diminuídas, o que ficou bem
melhor, pois o trabalho ficou mais sóbrio, mais adequado ao espírito de uma
Câmara de Vereadores. No entanto, no próximo ano, para minha surpresa - surpresa
negativa -, vários Vereadores desta Casa propuseram novas Sessões Solenes e
novas homenagens. Então nós temos que respeitar aquilo que foi votado no ano
passado, em 2007, a partir de exaustivo estudo de duas Comissões, inclusive foi
aprovada pela maioria absoluta a diminuição das Sessões Solenes, a diminuição
de homenagens nesta Casa, não apenas, Ver. Todeschini, porque a imprensa muito
denuncia que os Vereadores de Porto Alegre só dão nome a ruas - nós
consideramos que os nomes de ruas são importantes - e só prestam homenagens,
mas porque as homenagens não poderiam se vulgarizar, ou seja, as homenagens
deveriam ser sintetizadas, para que o homenageado se sentisse mais valorizado.
Se existem poucos prêmios, as pessoas que têm aquela distinção se sentem muito
mais valorizadas, com uma auto-estima elevada. Se todo artista plástico receber
o Prêmio Iberê Camargo, aquele artista que merece receber o Prêmio não vai se
sentir correspondendo àquela distinção, e também porque a essência desta Casa é
nós defendermos e discutirmos a nossa ideologia, a nossa visão de mundo. Nós
fomos eleitos para isso: para discutirmos o futuro da Cidade, de acordo com a
visão de mundo de cada Partido, para travarmos polêmicas sobre as questões
pontuais da Cidade e para fiscalizarmos o Executivo. Essa é a função da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Portanto nós rejeitamos, em princípio, essa idéia do
Ver. José Ismael Heinen, porque ela dá impressão que altera tudo o que foi
discutido e foi acordado por unanimidade nesta Casa em 2007. Este Projeto de
Resolução não respeita aquilo que foi trabalhado, em 2007, aqui na Câmara
Municipal. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir o PR nº 040/07.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Sebenelo; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, em especial da minha Bancada, do
Partido dos Trabalhadores, público que nos acompanha pelo Canal 16, eu acho que
a alternativa, a proposição....
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Por gentileza, Vereador... Há um Vereador
na tribuna e está muito difícil de ouvi-lo por causa do barulho.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Ver. Sebenelo, que preside os
trabalhos. É bom que reflitamos, a partir da bem-intencionada proposição do
Ver. José Ismael, sobre a possibilidade de se fazer uma Sessão Solene, na
Semana de Porto Alegre, em especial dedicada à Cidade.
Também
venho fazer coro com a minha colega, Verª Margarete, porque a Cidade, na
verdade, carece demanda de vários assuntos, de vários debates que precisam ser
travados e que são bem superiores a uma questão a ser encaminhada por uma
Sessão Solene. Por que isso? Porque nós já temos - e acredito que foi feito de
forma salutar – uma mudança regimental, onde o espírito é diminuirmos o número
de horas investido em homenagens em Sessões Solenes. Só na sexta-feira, tive a
oportunidade de presidir a duas Sessões. Acho que elas são mais adequadas,
quando se faz o encaminhamento em homenagem, expedito breve, um registro.
Agora, temos muitos assuntos para debater e para propor, levantar como desafios
de futuro nesta Casa, e parece-me que nós continuamos, de outro lado, com a
tendência de produzir mais homenagens e Sessões Solenes. O que nos leva, não a
diminuir, a fazer qualquer coisa que desabone esta Casa, mas a deixar de
aproveitar da melhor forma o nosso nobre tempo, como, por exemplo, de
acompanhar a execução orçamentária e de fiscalizar adequadamente o Poder
Executivo, que é uma das atribuições do Vereador, além de legislar.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre
Ver. Carlos Todeschini, realmente nós fazemos muitas solenidades. Mas há
algumas que não entendo por que deixam de ser realizadas, como a da Semana de
Porto Alegre. Por outro lado, durante 35 anos, sem nenhuma falha, se fez uma
homenagem às mães na semana do Dia das Mães – este ano não está programado. A
Mesa sempre pedia. Nós temos Vereadoras-mães aqui no plenário, e não terá
Sessão em homenagem ao Dia das Mães. Nós não fazíamos um ato político, fazíamos
um ato ecumênico: vinha o Pastor, o Padre, o Rabino e faziam uma homenagem às
mães. Acho que temos que pensar também nesse dia para fazer uma homenagem
proposta pela Mesa, como o foi em todos os 35 anos.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Obrigado, Ver. João Antonio Dib. Veja só, nós estamos levantando dúvidas: é
preciso, para esse tipo de registro, Verª Margarete, haver lei? Eu acho que
não; isso faz parte do hábito, está incorporado à rotina e à tradição desta
Casa. Agora, nós estamos propondo a criação de leis para realizar as rotinas
que são de tradição, que são praticamente ordinárias. O que implica isso?
Implica que nós deixemos de fazer coisas mais importantes ou necessárias,
porque nós temos uma excessiva ocupação constrangida por essas proposições! Por
quê? Porque, ainda que elas sejam importantes – é o registro da Semana de Porto
Alegre, uma Sessão Solene -, quantas coisas nós temos, que a Cidade demanda,
para serem regradas, legisladas, normatizadas, coisas que poderiam alterar
significativamente a vida da nossa Cidade! E nós passamos valiosas horas
discutindo leis e iniciativas dessa natureza, que têm o seu mérito, mas que não
acumulam, no meu entendimento, para se produzirem, elementos para a construção
de uma Cidade melhor para o futuro.
Portanto,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, com todo o mérito, com toda a
importância da proposição, o que eu levanto aqui é a discussão do papel da
Câmara, aquilo que nós, verdadeiramente, devemos exercer com prioridade e com
dedicação: a construção de um futuro melhor para a nossa Cidade e para os
porto-alegrenses. Obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Carlos Todeschini.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PR n° 040/07.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Ilustríssimo
Sr. Presidente, nobres colegas Vereadores e Vereadoras, esta Resolução é de
março de 2007. Eu a deixei de propósito para ver passar a Semana de Porto
Alegre, porque há uma peculiaridade: nós estamos aqui num Parlamento
democrático, se passar, tudo bem; se não passar, está tudo bem, mas, eu acho,
nós temos que pautar as nossas ações conforme as nossas convicções. Nos quatro
anos de Vereador, eu passei o aniversário de Porto Alegre neste Parlamento, e
não houve, na semana de aniversário de Porto Alegre, nenhum ato solene, nenhuma
comemoração significativa da Câmara de Vereadores a respeito do aniversário do
Município. Eu acho que talvez seja a Sessão Solene mais imprescindível, em
comparação às outras que a gente faz também. Ficamos aqui o ano todo batalhando
para melhorarmos a vida da nossa Cidade, a vida da nossa população, fazendo
homenagens e mais homenagens e Sessões Solenes, justamente na Semana do
Município e também na Semana da Pátria não ocorreu!
Comecei
a pensar no motivo de não estar acontecendo essa Sessão Solene comemorativa na
cidade de Porto Alegre. Daqui para frente, vai se tornar mais difícil ainda,
porque foi reduzido o número de Sessões Solenes para cada Vereador; então,
ninguém vai deixar de fazer uma Sessão Solene em nome de todos, gastando o seu
direito a determinado número de Sessões Solenes.
Nada
mais justo do que essa Sessão Solene de Aniversário do Município de Porto
Alegre seja patrocinada pela Mesa Diretora, numa promoção bem mais ampla, bem
mais profunda. Poderia até ser precedida por seminários, por discussão de temas
especiais da Cidade, mas que, nesse dia, pudéssemos discutir uma política
pró-ativa da cidade de Porto Alegre, todos homenageando o passado da nossa
Cidade, mostrando o que o Presidente está fazendo e o que almejamos para esta
Cidade também para o futuro.
Eu
acho que não termos, na semana de aniversário do Município pelo qual somos
responsáveis em legislar, nenhuma Sessão Solene, a Câmara passar em branco,
apenas incorporando aos convites do Executivo - alguns a gente não recebe, não
sei se eles se extraviam no caminho; o baile de Porto Alegre, por exemplo, este
Vereador não recebeu - democraticamente, Sr. Presidente, eu acho que essa Sessão,
sim, tinha que ser organizada pela Mesa Diretora. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras,
o Ver. Ismael dizia que esta deveria ser a Sessão mais importante desta Casa.
Eu entendo, Ver. Ismael, que a nossa tarefa mais importante é legislar,
conseguir, principalmente, acompanhar o cumprimento da legislação aqui votada e
não fazer homenagens. Por isso eu defendo que, se vier a ocorrer uma Sessão
Solene, nós tenhamos um mote, um objetivo, durante a Semana de Porto Alegre.
Portanto deixemos para a construção política ano a ano, e não transformar esta
Casa num conjunto de audiências ou de sessões engessadas burocraticamente. Eu
já vim a várias audiências públicas da Semana de Porto Alegre e do aniversário
de Porto Alegre em que havia um pingo de gente, ou audiência pública em
homenagem ao servidor público com duas ou três pessoas. É na vida que se
realiza a política, é no momento político, acho que isso tem a ver com a
presidência, com a direção da Casa no ano, e aí, sim, a Casa respondendo a
determinados temas. Nós, no caso, estamos discutindo com o Governo, por
exemplo, a aplicação da Lei do Fundeb. Nós discutimos o ano passado inteiro,
construímos com a SMED que sabia que haveria problema se não houvesse um
parecer do Conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica.
Demoramos até o final do ano para chegar a um acordo, já houve a primeira
reunião, a constituição do Fundeb, e os estudantes da UMESPA se apresentam como
representantes dos estudantes, uma vez que a lei que nós votamos é clara, fala
que a representação dos estudantes tem que ser oriunda da Rede Municipal de
Ensino. Eles não querem cumprir a legislação e querem representar como uma
direção que não se relaciona, não dialoga com os estudantes da Rede Municipal
de Ensino. Então a nossa tarefa é fazer a discussão se a lei que foi pensada
exatamente para ter um protagonismo
no caso dos estudantes, que são os que sofrem pela aplicação do Fundeb, sofrem
no bom sentido, são os atingidos. Vão sofrer os do Ensino Médio, se perderem
recursos, se precisarem mais escola, vão sofrer os da Educação Infantil, que
seja. Acho que o nosso papel é fazer cumprir as leis, é fiscalizar o Executivo,
aprofundar os debates nesta Cidade, e não ficar engessado em uma série de
Sessões Solenes que, muitas vezes, não respondem ao cidadão nada dos anseios e
dos pedidos que nós estamos recebendo das suas angústias e das suas
necessidades na Cidade. Então nós fizemos - já fiz essa discussão aqui, no ano
passado - uma corajosa limpeza nas homenagens, mas, por incrível que pareça,
mesmo com a redução drástica que fizemos - eu iria marcar agora, para o mês de
abril a primeira Sessão Solene, por uma solicitação - o mês de abril inteiro
não tem mais agenda para Sessão Solene, ou seja, com toda a redução que nós
fizemos com as homenagens, nós ainda estamos cotidianamente com Sessões Solenes
agendadas.
Eu
acho que a Casa, os Vereadores, daí eu lembro da discussão da Reforma Política,
nós temos que discutir a estrutura, o arcabouço, de forma que ela sirva aos
objetivos centrais da Casa. Então se os próprios Vereadores têm uma série de
possibilidades de homenagens, de Sessões, eles acabam dizendo: “Mas como? Eu
nunca dou homenagem, não tenho nenhuma indicação de cidadão emérito”. Porque a
tendência é – já que os outros dão – de fazer. Então a estrutura da Casa tem
que direcionar para o trabalho central da Casa, que é elaborar as leis com
seriedade, com tranqüilidade e acompanhar o cumprimento dessas leis, e ser
ouvidoria da Cidade nesse sentido, inclusive para reformulá-las, para
atualizá-las.
Então
acho que é bem como a Reforma Política, a gente não mexe na estrutura política,
os mandatos são corrompidos pelo poder econômico, pelo individualismo, pelo marketing.
Então a nossa Casa também, a sua estrutura, o seu Regimento tem que direcionar
a sua ação menos para homenagens, mais para uma ação atuante e representativa,
de fato, das angústias, dos anseios da sociedade.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O
Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PR n° 040/07.
O
SR. BETO MOESCH: Ver.
Claudio Sebenelo, Vereadoras, Vereadores, eu gostaria só de contribuir com o
debate, não tanto, talvez, com relação a nós termos que ter uma Sessão Solene
especificamente para a Semana de Porto Alegre, Ver. Marcelo Danéris, mas
aproveitar a Semana de Porto Alegre, para, quem sabe, a Câmara, e dialogando
com o próprio pronunciamento do autor deste Projeto de Resolução, o Ver.
Ismael, talvez nós possamos aproveitar a Semana de Porto Alegre e a Câmara de
Vereadores juntamente com as instituições do terceiro setor, universitárias,
vários segmentos da Cidade e Prefeitura, para nós realizarmos aqui, ou em outro
fórum, o passado, o presente e o futuro de Porto Alegre. Então fica apenas uma
sugestão de nós, quem sabe, aproveitarmos a idéia do Ver. Ismael, para que, na
Semana do Aniversário de Porto Alegre, nós possamos debater a Cidade de uma
forma macro, quer dizer trazendo todo o seu histórico, o que está acontecendo
hoje, seus problemas, suas soluções, suas potencialidades, nós, juntos,
capitaneados pela Câmara de Vereadores, na Semana de Porto Alegre. Então não
seria uma Sessão Solene, mas um fórum ou um seminário, enfim. Nós poderíamos
aproveitar, portanto, essa idéia do Ver. Ismael e transformar isso em uma
semana de imersão, debate, estudo a respeito da cidade de Porto Alegre. Então
trago essa idéia, muitas cidades fazem isso, justamente na semana dos seus
respectivos aniversários. Penso que nós poderíamos, e esse é o papel deste
Parlamento, transformar uma idéia inicial, que é meritória, em um aprofundamento,
como falei, um seminário, workshop, um fórum a respeito da Cidade. Então
quero, em um primeiro momento, somar-me apenas, e, quem sabe, não ficarmos
apenas na proposta propriamente dita. Toda proposição deve ser respeitada e, se
possível, melhorada como nós estamos, neste momento, então, propondo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 1076/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 063/05, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que acrescenta art.
228-A e altera a redação do § 3º do art. 228 da Resolução n. 1.178, de 16 de
julho de 1992, e alterações posteriores, acrescentando ao Colégio de Líderes um
Líder e um Vice-Líder do Governo, indicados pelo Executivo Municipal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emendas nºs 01, 02 e 03; Relator Ver. Nilo santos:
pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Subemenda
nº 01 à Emenda nº 03;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Professor Garcia: pela
aprovação da Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto; Relator Ver.
Alceu Brasinha: pela aprovação da Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº
03;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 03; Relator
Ver. Carlos Todeschini: pela rejeição da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03;
- da COSMAM.
Relator Ver. Newton Braga Rosa: pela aprovação do Projeto e pela rejeição da
Emenda nº 03 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03.
Observações:
- discussão
geral nos termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 13-03-08;
- retiradas de tramitação
as Emendas nºs 01, 02, 03, e Subemenda nº 01 à Emenda nº 03.
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. Beto Moesch.
Em
discussão o PR nº 063/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra
para discutir o PR nº 063/05.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a Verª Neuza
Canabarro apresenta um Projeto de Resolução, que está na 2ª Sessão de
discussão, que acrescenta um artigo e altera a redação da Resolução nº 1178, de
16 de julho de 1992, que fala sobre o Colégio de Líderes, e cria, na sua
proposta, um Líder e um Vice-Líder do Governo, indicados pelo Executivo
municipal.
Essa
sistemática já existe na Casa, a indicação do Líder e do Vice-Líder do Governo.
Essa discussão toda para oficializarmos isso, agora, creio que ela não
contempla a totalidade da relação republicana que devemos ter e constituir.
Abro o debate, aqui, prezado Líder do Governo, Prof. Garcia, e nossa prezada
Líder de Bancada, Verª Margarete Moraes, já fizemos uma primeira discussão; se
é para nós legalizarmos, oficializarmos, por parte do Legislativo, a criação do
Líder da situação, nós entendemos que também temos que criar o Líder da
oposição. Com isso, ficam, como diz o Ver. João Antonio Dib, regimental e
legalmente constituídas as duas referências: a Liderança da situação e a
Liderança da oposição. Claro que esse tema ainda está para que possamos
construir, porque não tem nenhuma Emenda oficial colocada no Projeto. Já houve
um diálogo, já houve toda uma primeira tratativa entre os diversos Líderes dos
Partidos com a Verª Neuza Canabarro, que é a proponente desta Resolução.
Portanto trago aqui este tema, para que nós possamos analisar, em conjunto, já
que é a segunda discussão, e tem tempo ainda para que possamos construir uma
Emenda, mas tem que haver uma construção coletiva, aqui, entre todos os
Partidos de situação e oposição, para que possa, o Projeto, ter essa totalidade
da representação do Legislativo, sob o ponto de vista da oficialidade. O Líder
da situação, ou o Líder do Governo, já existe, o Governo é quem indica. Neste
momento é o professor Garcia que representa, aqui, através da Bancada do PMDB,
as Bancadas de situação, e representa, portanto, o Governo Municipal, nesta
Casa, com a sua Liderança. A Verª Neuza, então, propõe que sejam criados o
Líder e o Vice-Líder; também há os Vice-Líderes indicados pelo Governo.
Nós
estamos trazendo, aqui, como oposição, como o maior Partido de oposição,
juntamente com o PCdoB, que também é oposição, que venhamos a analisar, com os
colegas Vereadores que representam aqui a situação, sob o ponto de vista de nós
apresentarmos uma afirmação republicana, situação e oposição, que tenhamos um
mesmo tratamento e que possamos construir uma Emenda coletivamente; e a nossa
Bancada, que também...
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO: É,
o Ver. Bosco está nos dizendo aqui que também pode ser oposição no ano que vem.
Para nós, será um prazer que o seu desejo seja ouvido pela população de Porto
Alegre, Ver. Bosco.
Então,
nesse sentido, a primeira fala aqui, para que possamos abrir um diálogo sobre a
possibilidade de construirmos coletivamente esta Emenda. Muito obrigado, Sr.
Presidente, e muito obrigado Bosco. Peço escusa pela brincadeira que realizei
com o senhor, mas faz parte de um debate, aqui, também republicano; e o ano que
vem só o ano que vem poderemos saber. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Cláudio Sebenelo): Está
encerrada a Ordem do Dia.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº 1240/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 006/08, de
autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o troféu Câmara Municipal de Porto
Alegre ao Theatro São Pedro.
O
SR. PRESIDENTE (Cláudio Sebenelo): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Vereadores e Vereadoras, primeiramente, como
estou usando a palavra pela primeira vez neste dia, quero saudar o retorno do
Ver. Maurício Dziedricki, do Ver. Beto Moesch e do Ver. João Bosco Vaz a esta
Casa. Eu desejo um feliz retorno, depois de eficiente administração à testa das
suas Secretarias.
E,
por falar em Theatro São, falamos em cultura; falando em cultura, falamos em
turismo; falando em turismo, falamos na nossa Frente Parlamentar do Turismo,
que está trabalhando fortemente para que o turismo seja uma realidade. Porque
nós só falamos em turismo de grande perspectiva; queremos concretizar, efetivar
essa realidade. Nós estamos dando andamento já com a transformação do Cais do
Porto numa atração turística; temos lá a revitalização da nossa orla, com
vários projetos, entre eles, o Pontal do Estaleiro, que vai revitalizar aquela
ponta do nosso lago Guaíba e vai fazer um conjunto, junto com o supermercado
Big e o Barra Shoping. Isso vai realmente modificar aquela região e coroar com,
dentro em breve, a inauguração do Museu Iberê Camargo.
Veja,
Ver. João Dib, a nossa cultura, nossas artes, promovendo também o nosso
turismo. O Theatro São Pedro merece essa honraria, concedida por esta Casa, por
uma proposição do Ver. Sebastião Melo.
Quero
dizer que há pouco tempo recebi um pessoal vinculado ao turismo - vejam quantas
coisas temos ainda para trabalhar nesse sentido! – e, antigamente, ali no
Theatro São Pedro, havia uma espécie de um terminal turístico. Realmente não
cabe haver um terminal turístico na frente de um teatro. Só Porto Alegre - com
236 anos - não tem ainda um terminal turístico adequado para nossa Capital.
Também
foram falados os aspectos da sinalização viária – que também é um problema
muito sério. Os turistas, os poucos turistas que vêm nos visitar, se perdem em
nossa Cidade. Então deve haver uma sinalização mais forte para que se
enfrente esse desafio do turismo em Porto Alegre.
Quero, então, cumprimentar o Ver. Sebastião Melo
pela oportunidade deste Projeto, concedendo o Troféu Câmara Municipal ao Theatro
São Pedro. Meus parabéns!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito
obrigado, Ver. João Carlos Nedel.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Cláudio Sebenelo; Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores; acho uma homenagem muito bem pensada, conceder esse Troféu
Câmara Municipal para o Theatro São Pedro, que, em junho, fará 150 anos. É
muito correto. Eu acho que nós deveríamos procurar condições de aprovar até lá,
para que, numa Sessão a ser realizada no próprio Theatro, durante o mês de
junho, possamos fazer a outorga do troféu àquela figura extraordinária que faz
parte do Theatro São Pedro, dona Eva Sopher, que há mais de 30 anos vem
cuidando da recuperação do Theatro. Eu tive a oportunidade, como Prefeito desta
Cidade, de comparecer à reabertura do Theatro São Pedro, e lá estava também o
Governador Jair Soares. E a dona Eva estava feliz com o seu novo filho. Ela,
agora, terá um outro filho, mais importante até, que dará prestígio a este, que
é o Multipalco. E essa obra tem que ser ajudada por todos nós. Portanto é justo
que se faça esta homenagem, e eu espero que a Câmara acelere a sua votação,
para que, em junho, num dos dias escolhido de comum acordo com dona Eva Sopher
e a Câmara Municipal, ela possa receber, em suas mãos, uma homenagem da Cidade
a quem tanto se dedicou e continua se dedicando ao Theatro São Pedro. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
João Antonio Dib.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ERVINO BESSON: Caro
Presidente, Ver. Cláudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara,
eu queria saudar todos.
Um século e meio do Theatro São Pedro. O Presidente
desta Casa, Ver. Sebastião Melo, teve uma brilhante idéia, para que a Câmara
possa, sim, homenagear a
história dos 150 anos do Theatro São Pedro. Eu acho que muitos acontecimentos
desta Cidade, do lado artístico, do lado de apresentações, passaram pelo
Theatro São Pedro. Então nada mais justo que esta Câmara preste esta homenagem,
e o Ver. João Antonio Dib que me antecedeu, com muita inteligência, sugeriu que
nós votássemos rapidamente este Projeto, e fizéssemos esta homenagem no local.
Eu acho que fica bem para a Câmara, fica bem para a Cidade, é um
reconhecimento, meu caro Presidente, Ver. Sebenelo, do que representou e
continuará representando na história de Porto Alegre o nosso querido Theatro
São Pedro. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Desiste.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Vereadoras e
Vereadores, senhoras e senhores; o Ver. Sebastião Melo, numa grande inspiração,
propõe e coloca em discussão nesta Casa a oferta do Prêmio Câmara Municipal de
Porto Alegre ao Theatro São Pedro. Trata-se de uma instituição plenamente
consolidada por várias razões: poderíamos citar a excelência dos serviços,
poderíamos citar também a infra-estrutura. E ele é consolidado, respeitado e
reconhecido não apenas em Porto Alegre, não apenas no Brasil, mas por várias
companhias internacionais de teatro. O Theatro São Pedro pode se comparar ao
Teatro Liceo, de Barcelona, ao Teatro Colón, de Buenos Aires, ao Teatro de
Milão; não em tamanho, mas em qualidade, em excelência de serviço.
Hoje, a Fundação Theatro São Pedro está ampliando
suas instalações, construindo o Multipalco, no sentido de aperfeiçoamento, de
ampliação da condição da arte naquele espaço, naquelas instalações. Não podemos
deixar de nos referir que o Theatro São Pedro se confunde hoje positivamente
com a figura da Srª Eva Sopher, que é um cargo de confiança dos Governos, mas
que nenhum Governador ousa querer mudar, porque sabe que ninguém melhor do que
ela representa essa casa de espetáculos. Ela permanece lá merecidamente por sua
dedicação, por seu talento.
Uma pessoa com mais de 70 anos, que diariamente tem como exercício subir e
descer todas as escadas do Theatro São Pedro, examinando-o, analisando-o em
cada detalhe. E cada detalhe é perfeito.
Não
por acaso, quando a gente entra no Theatro São Pedro, vê nas paredes das
escadarias uma série de placas de prata de homenagens de pessoas como Tônia
Carrero; Raul Cortez, que já nos deixou; Fernanda Montenegro; dos maiores
artistas e das maiores companhias nacionais e internacionais em homenagem ao
Theatro São Pedro, em homenagem à Srª Eva Sopher.
E
nesse caso nós estávamos antes discutindo a criação de novas Sessões Solenes.
Não se trata de ser contra a Semana de Aniversário da Cidade; nós somos
favoráveis, mas não precisa ter uma Sessão Solene especial para esse caso.
Durante a Semana de Porto Alegre, quando cada Vereador estiver inscrito, ou
quando houver o caso de tempo de Liderança, é possível homenagear a Cidade.
Neste caso aqui, o Theatro São Pedro honra a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Então nada mais merecido do que essa homenagem. É uma homenagem de uma
instituição para outra instituição absolutamente reconhecida e referenciada na
vida cultural, como eu disse antes, não apenas de Porto Alegre, do Rio Grande
do Sul, mas do mundo todo. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Nós
é que agradecemos o seu excelente pronunciamento.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h52min.)
*
* * * *